Com a participação de representantes dos sindicatos de sua base, a Federa-RJ realizou, nos últimos dias 17 e 18, a 4ª Conferência Estadual dos Bancários. Os coordenadores da mesa de debates foram Fausto Augusto e Rosângela Vieira, diretores e técnicos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Diversos temas foram debatidos durante o encontro, como desigualdade de gênero, alto índice de fechamento de agências e demissões.
Também foi apresentada e aprovada a pauta de reivindicações com questões de combate ao assédio moral, sexual, abuso e discriminações, melhor qualidade de trabalho, adoecimento da categoria, entre outros pontos.
O presidente do Sindicato dos Bancários de Niterói e Regiões, Jorge Antonio Porkinho, esteve presente na conferência e considerou o encontro fundamental para o debate e encaminhamento de propostas para a conferência nacional.
“Temos grandes desafios e a regulamentação do Ramo Financeiro é primordial para os segmentos dos trabalhadores em nosso país”, afirmou Porkinho.
A economista do Dieese, Rosângela Vieira, apresentou números da atual conjuntura econômica e as expectativas para a Campanha Nacional dos bancários em 2024.
Segundo Rosângela, os dados mostram que o crédito bancário teve, em 2023, a menor taxa em quatro anos, o que explica, em parte, a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) menor em relação a 2022.
A técnica do Dieese falou também sobre os desafios do movimento sindical ante as transformações do trabalho no setor financeiro.
“Para o movimento sindical é fundamental a questão da representação destes trabalhadores, muitos com piso de um salário mínimo e jornada de 40 horas semanais. Cerca de 600 mil trabalhadores não têm as mesmas garantias da categoria que está coberta pela Convenção Coletiva de Trabalho”, afirmou a técnica.
Já Fausto Augusto, também economista e técnico do Dieese, falou dos desafios dos trabalhadores ante as mudanças estruturais do ponto de vista econômico e da conjuntura internacional.
*Fonte: Federa e Seeb Rio