Coletivo de Saúde pede acolhimento e proteção para trabalhadores

 

Tratamento humanizado para bancárias e bancários adoecidos, que precisam de cuidados médicos e buscam afastamento pelo INSS. Essa foi a pauta da reunião entre o Coletivo Nacional de Saúde da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Comissão de Negociações da Federação Nacional dos Bancos (CN Fenaban).

 

O secretário de Saúde da Contraf-CUT, Mauro Salles, lembrou que é preciso levar em consideração as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho.

 

“Pedimos que os bancos acolham esses bancários, levando em consideração o espírito das cláusulas acordadas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), ou seja, que não haja perda salarial e nem endividamento desses trabalhadores, por motivos de saúde. Cobramos, especialmente, que as antecipações e complementações efetuadas pelos bancos, conforme cláusulas de nossa convenção, ocorram somente após o trabalhador receber do INSS o benefício”, afirmou Salles.

 

Durante a reunião, o Coletivo ressaltou que há registros de trabalhadores que tiveram descontos significativos na folha de pagamento, mesmo tendo recorrido ao INSS e garantido o benefício judicialmente.

 

“Temos casos de bancários que ficaram sem recurso nenhum, porque descontos foram realizados de uma única vez, num determinado mês. Isso resultou na falta de dinheiro para remédios e para sua própria subsistência, agravando o problema de saúde por conta de todo o transtorno financeiro”, disse Mauro Sales.

 

Novo canal

 

Ainda durante o encontro foi solicitada aos bancos a criação de um canal de acolhimento, especialmente para atender sobre bancários adoecidos.

 

Além disso, foi pedida proteção para trabalhadores que denunciam assédio no trabalho.

 

“Questionamos os encaminhamentos adotados por bancos, em várias situações, em que denunciantes vítimas de assédio foram expostos por terem denunciado”, afirmou Mauro Salles.

 

Os representantes dos bancos disseram que as demandas serão debatidas entre as empresas, alegando que há casos em que não receberam as informações da situação dos trabalhadores.