Pesquisa: movimento sindical quer conhecer doenças dos trabalhadores do ramo financeiro

 

Com o intuito de analisar a relação entre os modelos de gestão adotados pelos bancos e o adoecimentos dos trabalhadores, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) está lançando a pesquisa “Avaliação dos Modelos de Gestão e das Patologias do Trabalho Bancário”.

 

O trabalho é realizado em parceria com pesquisadores do Instituto de Psicologia da Universidade de Brasília (UNB) e faz parte das ações da Campanha Menos Meta, Mais Saúde.

 

Com a pesquisa vão ser analisadas as condições profissionais, divisão do trabalho, as regras formais, o tempo, o ritmo, o controle e as características das tarefas; condições físicas de trabalho: a infraestrutura, tais como ambiente físico, qualidade do posto de trabalho, equipamentos e materiais, como os aplicativos e sistemas; e condições sociais, relações socioprofissionais de trabalho, como as interações hierárquicas, coletivas intra e intergrupos e externas presencial e virtual.

 

“A participação dos trabalhadores é fundamental, pois suas respostas contribuirão diretamente para a construção de um ambiente de trabalho mais saudável no setor bancário. Com base nas respostas, análises e estatísticas serão realizadas para identificar problemas e propor soluções. O resultado será um relatório técnico que guiará ações sindicais e organizacionais para combater riscos psicossociais e promover a saúde de todos os envolvidos”, afirmou Mauro Salles, secretário de Saúde da Contraf-CUT.

 

Divulgação é fundamental

 

Mauro Salles ressaltou que é importante que os dirigentes sindicais divulguem a pesquisa massivamente, compartilhando o link para a categoria por meio de grupos de mensagens (WhatsApp ou Telegram) ou SMS, via e-mail ou, de forma mais ampla, nos meios de comunicação do seu sindicato.

 

O questionário leva, em média, 20 minutos para ser totalmente respondido. Além das perguntas relacionadas ao ambiente físico de trabalho, a pesquisa busca registrar a ocorrência de adoecimento, inclusive mental, eventuais acompanhamentos médicos, uso de medicação e afastamentos do trabalho.

 

A pesquisa ficará disponível até o dia 31 de outubro próximo e os interessados em participar devem clicar aqui.

 

“É muito importante que todos os trabalhadores do ramo financeiro participem para conseguirmos estabelecer novos patamares para as negociações e melhorias nas condições de trabalho da categoria”, finalizou Mauro.

 

É importante lembrar que as respostas serão preservadas com a garantia de sigilo e direcionadas automaticamente aos pesquisadores envolvidos, que terão a tarefa de estabelecer as métricas das amostras por região, por estados da federação, por indicadores socioeconômicos (sexo, escolaridade, idade, raça, escolaridade, estado civil, cargo, forma de contratação e por banco).