O balanço apresentado pelo Banco Itaú, nesta segunda-feira (7), aponta um lucro de R$ 8,74 bilhões no segundo trimestre deste ano, com alta de 13,9% na comparação anual. O resultado supera o dos concorrentes Bradesco e Santander somados.
O Bradesco teve um lucro de R$ 4,518 bilhões no segundo trimestre, com uma queda de 35,8% na comparação anual. Para o Santander, o resultado foi de R$ 2,3 bilhões, com queda anual de 43,5%.
O Itaú informou que o resultado reflete o aumento da margem financeira com clientes, que acompanhou o crescimento da carteira de crédito. O banco destacou também a mudança de composição da carteira que abriu espaço para opções com taxas maiores. Ainda segundo o Itaú, a receita da frente de seguros também contribuiu para o resultado final.
Em nota, o presidente do banco, Milton Maluhy Filho, informou que vê perspectivas otimistas para a segunda metade do ano.
“Nossos resultados no segundo trimestre refletem nossa capacidade de entregar resultados sólidos e sustentáveis ao longo do tempo. Iniciamos a segunda metade do ano otimistas com as perspectivas para o futuro, decorrentes da consolidação da agenda monetária e fiscal que deverá promover uma retomada mais robusta da atividade econômica no País”, ressaltou.
Margem
O banco registrou ainda uma margem financeira gerencial, no período, de R$ 25,997 bilhões, 14,8% que a registrada um ano antes. Em comparação trimestral, o avanço foi de 5,3%. Do total, a margem financeira com clientes foi de R$ 24,927 bilhões, avanço de 3,7% comparado a um ano antes. A margem com o mercado chegou a R$ 1,070 bilhão, registrando crescimento de 65,9% na base anual.
Carteira de crédito
A carteira de crédito expandida chegou aos R$ 1,15 trilhão, aumento de 6,2% em 12 meses e leve queda de 0,1% na comparação trimestral.
O índice de inadimplência longo da carteira, acima de 90 dias, subiu para 3,0% – alta de 0,3 p.p. em comparação ao mesmo período do ano anterior. Na comparação com o primeiro trimestre, o índice subiu 0,1 p.p.
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Segundo o balanço, o custo do crédito totalizou R$ 9,4 bilhões no segundo trimestre de 2023, alta de 25,3% quando comparado ao mesmo trimestre do ano passado.
“Esse aumento ocorreu principalmente em razão da maior despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa nos negócios de atacado no Brasil, devido à normalização do fluxo de provisionamento neste segmento”, informou o banco.
*Fonte: Exame