Empregados da Caixa cobram reestruturação das Gipes

 

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa voltou a cobrar da direção do banco a reinstituição das estruturas regionais de gestão de pessoas (Gipes), que foram extintas em 2021. Segundo as entidades sindicais e associativas dos empregados, o encerramento destas estruturas prejudicou o atendimento às demandas dos trabalhadores. A cobrança foi feita durante visita à Universidade Caixa, na terça-feira (13).

 

 “Queremos uma gestão de fato humanizada e a área de pessoas é a que lida com as questões relacionadas ao dia a dia de trabalho dos colegas. É urgente a revisão dos processos para diminuir o adoecimento, especialmente os decorrentes de assédio em razão das metas”, disse a coordenadora da CEE, Fabiana Uehara Proscholdt.

 

Os representantes da Caixa alegaram que o assunto está em análise, mas que, para este ano, não há previsão orçamentária.

 

Os membros da CEE/Caixa cobraram ainda a contratação de mais empregados. Segundo eles, as 800 contratações realizadas recentemente não são suficientes para reduzir a sobrecarga de trabalho.

 

Também foi reforçada a reivindicação permanente para o fim do teto de 6,5% no Saúde Caixa, e a inclusão dos trabalhadores contratados após 2018 no Saúde Caixa.

 

A ampliação da oferta de programas de formação da Universidade Caixa também foi solicitada. A Comissão reivindicou ainda que os cursos sejam realizados durante o horário de expediente comercial, conforme está previsto no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

 

Os representantes do banco apresentaram a estrutura da Vice-Presidência de Pessoas (Vipes) e da Universidade Caixa. Os membros da CEE consideraram a nova estrutura Vipes um avanço, com resgate de um atendimento mais próximo, como havia antes.

 

Segundo a diretora executiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Eliana Brasil, “é importante essa oportunidade de estreitar o relacionamento das entidades com a Caixa, para reforçarmos as demandas que chegam até nós. Reivindicamos uma nova negociação da mesa permanente e esperamos em breve ter resposta dessa agenda.”

 

A Caixa anunciou a retomada dos cursos de integração, atendendo a uma reivindicação das entidades sindicais e associativas. Assim que o banco anunciou a contratação de 800 novos empregados, a Contraf/CUT e a Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae) cobraram a participação das entidades associativas e sindicais no processo de integração dos novos contratados.

 

Entidades como a Fenae, Contraf/CUT, Associações do Pessoal da Caixa (Apcefs), sindicatos de bancários e a Fundação dos Economiários Federais (Funcef) sempre participaram desses encontros, que deixaram de ser realizados no governo anterior.

 

*Fontes: Contraf-CUT e Fenae