A cartilha Negociação Coletiva – Desafios e Experiências já está disponível. Produzida pela Secretaria de Relações de Trabalho da CUT Nacional, a cartilha apresenta uma série de experiências bem-sucedidas no movimento sindical, em processos de negociação e garantia de direitos aos trabalhadores.
A cartilha é um rico instrumento de formação para que as mais diversas entidades ligadas à Central – sindicatos, federações e confederações – se subsidiem em suas ações de representação dos trabalhadores e trabalhadoras de suas bases.
“A ideia da cartilha é que as categorias possam, a partir das experiências apresentadas, ampliar seu poder de negociação com patrões”, diz o secretário de Relações do Trabalho da CUT, Ari Aloraldo do Nascimento.
A negociação coletiva é um instrumento, como mostra a história, que tem a capacidade de garantir direitos como auxílio-creche, vales transporte, refeição e alimentação, participação em lucros e resultados, além de aumento real de salário nos acordos coletivos.
Ari Aloraldo destaca ainda que a publicação da cartilha acontece “em um momento de grande importância, já que o fortalecimento da negociação coletiva é pauta prioritária da CUT no Congresso Nacional”. A CUT e as demais centrais vêm discutindo a aprovação de leis que permitam que a negociação coletiva aconteça com maior eficácia.
Construção do conteúdo
Durante o seminário que deu origem à cartilha, foram apresentadas várias experiências dos ramos químico, bancário, da alimentação e da construção civil. No evento, dirigentes sindicais responsáveis por organizar as categorias contaram como foram as negociações e apresentaram dados sobre suas ações.
Uma delas é a negociação da categoria bancária que tem conquistado acordos coletivos nacionais com ampliação de direitos, ao longo dos anos, mesmo com os ataques sucessivos à classe trabalhadora, promovidos pelos últimos governos, e à atuação dos bancos, no sentido de tentar reduzir esses direitos.
Exemplo bem-sucedido e que enriqueceu tanto o poder de negociação como a mobilização dos bancários foi a instituição de uma consulta pública à categoria para elencar pontos prioritários para os trabalhadores – pontos que foram levados às mesas de negociação entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
“Em 2022 foram ouvidos 35 mil bancários nessa consulta”, destaca a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e vice-presidenta da CUT, Juvândia Moreira.
A própria formação do Comando Nacional dos Bancários já é um exemplo de mobilização que fortalece a negociação coletiva. O comando é constituído de 130 sindicatos em todo o país unidos em uma espécie de consórcio para fazer mesas nacionais de negociação. E o resultado foram conquistas importantes ao logo dos anos para a categoria.
As negociações desse setor acontecem há mais de 60 anos, dando origem às convenções coletivas de trabalho (CCT´s). As experiências apresentadas na cartilha detalham a negociação realizada em dois segmentos – industrial (Fiesp) e farmacêutico (Sindusfarma), com a união entre CUT e a Força Sindical.
Para conhecer a cartilha basta acessar aqui.
*Fonte: CUT Nacional