Os membros do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), o popular Conselhão, tomaram posse nesta quinta-feira (4), em Brasília. A presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, e o presidente da CUT, Sérgio Nobre, integram o Conselhão, como representantes da classe trabalhadora. Ao todo, são 246 integrantes, que têm por objetivo espelhar a sociedade.
O papel do Conselhão é assessorar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na elaboração de propostas para o desenvolvimento econômico, social e sustentável. Além disso, é uma instância de diálogo com os diversos setores da sociedade. Seus membros representam movimentos sociais, sindicais e setores da economia, como o financeiro, o agronegócio, a indústria e o comércio, entre outros.
O colegiado é presidido pelo próprio presidente Lula e tem entre seus membros o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, e o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha.
O presidente Lula observou que “o Conselhão, repleto de diversidade e de diferenças, pode ser uma fotografia do Brasil que nós queremos construir.” E completou:
“O órgão é um espaço para ajudar a governar o país, o espaço para se dizer como as coisas devem ser feitas; não é um espaço de queixa ou reclamação, mas de produção”.
A presidenta da Contraf-CUT ressaltou, em seu discurso, a significativa presença de mulheres no órgão e a retomada do diálogo entre governo e sociedade.
“A mulher é sub-representada nos poderes executivo, legislativo e judiciário, portanto essa presença aqui no Conselho é muito significativa”, afirmou.
Juvandia lembrou que o desemprego e o subemprego afetam mais as mulheres, como também as pessoas negras, para defender “a retomada do crescimento com o fim das desigualdades de gênero e de raça”. Para a dirigente sindical, “não podemos pensar no Brasil como uma nação com tantas desigualdades, como vivemos hoje”.
Diálogo
A volta do diálogo entre governo e sociedade também mereceu destaque no discurso da presidenta da Contraf-CUT.
“Nós, dos movimentos sociais, não éramos recebidos aqui no Palácio do Planalto há sete anos. Por isso, a retomada do Conselho não é apenas a retomada do Conselho, mas do diálogo”, avaliou.
Juvandia lembrou, ainda, a tradição da categoria bancária em negociações trabalhistas, uma experiência baseada no diálogo entre as partes envolvidas (trabalhadores e sistema financeiro), que deve ser vista como exemplo para o país.
“É disso que o Brasil precisa, de diálogo, e diálogo que contemple todas as forças da sociedade”, afirmou a dirigente.
#JurosBaixosJá
Juvandia criticou a manutenção pelo Banco Central (BC) da Selic, em 13,75%.
“Repudiamos a decisão do BC de manter a taxa de juros elevadas, porque inibe o crédito, o investimento produtivo, o emprego e renda, e precisamos fortalecer exatamente o emprego e renda no Brasil”, destacou.
*Fonte: Contraf-CUT