O fim da obrigatoriedade de instalação de portas de segurança nas agências bancárias, previsto no Projeto de Lei 18.459/22, preocupa toda a população, e especialmente a categoria bancária.
O projeto está tramitando na capital catarinense e as entidades de representação sindical da categoria bancária estão visitando os gabinetes dos vereadores explicando a importância das portas de segurança para trabalhadores e clientes.
O secretário de Políticas Sociais e coordenador do Coletivo de Segurança Bancária da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Elias Hennemann Jordão, ressalta que o momento para o debate é oportuno.
“É bom que este projeto tenha sido trazido à pauta de discussões na Câmara Municipal de Florianópolis, pois as consequências da falta de segurança em locais de atendimento ao público estão vivas na memória de todos nós”, disse o dirigente da Contraf-CUT, lembrando a morte de quatro crianças após a invasão de uma creche em Blumenau, também em Santa Catarina.
Elias observou que a aprovação do projeto será um contrassenso, já que neste momento o governador do estado e diversos municípios catarinenses e de todo o país estão propondo segurança armada em instituições educacionais, visando justamente aumentar a segurança da população.
“É o momento de fazermos pressão para que esta proposta seja enterrada e nunca mais colocada em pauta, pois não é de agora que as agências bancárias são alvo de ataques armados e as vidas de bancários e clientes são colocadas em risco. Não defendemos uma sociedade armada. Defendemos a continuidade de dispositivos que ajudem profissionais capacitados na vigilância a manter a segurança e resguardar a vida da população”, afirmou Elias.
O Sindicato dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Sintrafi) de Florianópolis e a Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Fetraf) de Santa Catarina estão debatendo com os vereadores da capital catarinense os impactos que serão causados em toda população se o projeto for aprovado.
“É importante que os vereadores conheçam os reflexos da alteração desta lei na sociedade e na categoria bancária. Estamos pedindo o apoio deles, para que o projeto não seja aprovado na Câmara Municipal”, observou o secretário de Finanças do Sintrafi Florianópolis, André Luiz Alves.
Já o coordenador da Federação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Fetrafi) de Santa Catarina, Marco Silvano, lembrou que “as autoridades públicas têm a responsabilidade de priorizar a vida dos cidadãos”.
*Fonte: Contraf-CUT