Igualdade de Oportunidades será o tema da reunião desta terça-feira (14), entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A reunião está marcada para 14h e a pauta dará destaque às questões relativas às mulheres.
A Secretária da Mulher da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Fernanda Lopes, falou sobre o tema a ser tratado.
“Queremos avançar no debate para a implementação de ações de combate à violência no ambiente de trabalho e na igualdade salarial”, explicou.
Fernanda lembra que, entre as conquistas obtidas pela categoria bancária na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), está a criação de duas cláusulas: uma, em 2010, para a instalação de canais de combate ao assédio moral e outra, no ano passado, de combate ao assédio sexual.
Juvandia Moreira, coordenadora do Comando Nacional dos Bancários e presidenta da Contraf-CUT, ressalta que os trabalhadores querem que os bancos apresentem na mesa “as propostas para a implementação dos canais, onde ainda não foram implementados, e a criação dos mesmos, onde ainda não existem”.
Segundo Juvandia, além do momento oportuno, por se tratar do mês de março, a decisão do governo federal de anunciar, no Dia Internacional da Mulher, um pacote com uma série de medidas pela igualdade de gênero, aumenta ainda mais a urgência de avanços na mesa de negociações.
“Os bancos têm a oportunidade de fazer a diferença no mercado de trabalho, se cumprirem as demandas, construídas pelos trabalhadores, e que estão em linha com a sociedade que todos nós queremos”, completa a presidenta da Contraf-CUT.
Para Fernanda Lopes, sobre as medidas anunciadas pelo governo Lula, em 8 de março, três, em especial, estão relacionadas com pautas da categoria bancária:
“O projeto de lei que obriga igualdade salarial entre homens e mulheres, que exercem a mesma função; o envio ao Congresso de uma proposta, pelo presidente da República, para que o Brasil ratifique a Convenção 190, sobre eliminação da violência e do assédio no mundo do trabalho; e a oferta de crédito, por meio de bancos públicos, a juros reduzidos para empreendedoras”, conclui Fernanda.
*Com informações da Contraf-CUT