Em reunião com entidades sindicais, Lula reforça valorização do trabalhador

 

A reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e centrais sindicais, realizada nesta quarta-feira (18), em Brasília, contou com a participação de vários dirigentes de entidades sindicais bancárias, que representaram a categoria. Entre eles, a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira.

 

Durante o encontro, o presidente Lula assinou medida criando um grupo de trabalho multiministerial, coordenado pela pasta do Trabalho, para o desenvolvimento de uma proposta para a retomada da valorização do salário mínimo num prazo de 45 dias e reafirmou seu compromisso com a correção da tabela do Imposto de Renda.

 

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, anunciou a criação de grupos de trabalhos, para a valorização da negociação coletiva e a regulação das atividades dos trabalhadores de plataformas e por aplicativos. Ele também elogiou a unidade das centrais, para contribuir com a construção das políticas trabalhistas.

 

Segundo Marinho, no momento deve-se “rediscutir o desmonte das garantias sindicais, que estão tornando os trabalhadores semiescravos”. O ministro adiantou que tudo será feito “respeitando-se a previsibilidade da nossa economia, para fazer crescer o poder de compra do trabalhador, com responsabilidade fiscal e controle da inflação”.

 

O presidente Lula falou sobre o desmonte que o país sofreu nos últimos anos e disse a reconstrução ocorrerá dentro de um processo participativo, incluindo a classe trabalhadora.

 

“Caiu a massa salarial no setor público e no setor privado, desmontaram todo o conjunto de direitos que a classe trabalhadora conquistou desde 1943”, afirmou o presidente, que se comprometeu a “construir uma nova estrutura sindical e os novos direitos, numa economia muito diferente da dos anos 1980”.

 

Lula ressaltou as mudanças ocorridas no mercado de trabalho. “O mundo do trabalho mudou muito, cresceu muito o trabalho avulso, o bico, e não queremos que o trabalhador seja um eterno fazedor de bico, queremos que ele tenha um sistema de seguridade que o proteja”, concluiu.

 

Para Juvandia Moreira, o encontro “mostra a diferença de governo, onde os trabalhadores podem entrar no Palácio do Planalto, ter uma reunião com o presidente da República e apresentar sua pauta para a política da correção do Salário Mínimo, a correção da tabela do Imposto de Renda, o aumento real dos salários, a reforma sindical e as mudanças na legislação trabalhista, para reparar os retrocessos que foram prejudiciais aos trabalhadores e trabalhadoras”.

 

*Com informações da Contraf-CUT