O debate “Bancos públicos: Situação atual e perspectivas no governo Lula”, realizado na última quarta-feira (14), através de videoconferência, mostrou que os bancos públicos abandonaram sua responsabilidade de contribuir com o desenvolvimento econômico e social do país. Esta foi a opinião demonstrada pelos participantes do encontro.
Cerca de 95 pessoas participaram do evento. Para o secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Gustavo Tabatinga, esse número reafirma a importância do tema. “Todos sabemos que os bancos públicos serão colocados como locomotiva do desenvolvimento do país, mas também sabemos que este é um papel desafiador, principalmente neste primeiro ano do novo governo, devido ao enorme rombo que está sendo deixado pelo governo que está de saída”, observou Tabatinga, que é funcionário do Banco do Brasil.
Eliana Brasil, diretora executiva da Contraf-CUT e funcionária da Caixa Econômica Federal, ressaltou o desmonte promovido em todos os bancos públicos nos últimos anos. “Nossa luta diária será reconstruí-los, pois o que vivemos nestes últimos quatro anos foi uma barbárie. Mas sobrevivemos e, a partir de 2023, com a retomada do rumo de desenvolvimento, mesmo com esta terra arrasada, tenho certeza que vamos conseguir reerguer os bancos públicos e o país”, afirmou.
Para o secretário de Formação da Contraf-CUT, Rafael Zanon, o debate prova que a categoria está disposta a discutir o tema. “No próximo governo, temos que manter a eficiência dos bancos públicos, mas precisamos entender o que a sociedade e o que os trabalhadores querem deles. Como estamos envolvidos, precisamos usar não apenas o coração, mas também a razão nesta tarefa”, concluiu.