Bancários exigem negociação na terça-feira

Sindicalistas vão entregar aos bancos nesta segunda-feira, dia 28, um ofício cobrando a retomada das negociações. Clique aqui para ler o documento.

Os sindicalistas vão entregar aos bancos nesta segunda-feira, dia 28, um ofício cobrando a retomada das negociações a partir de terça-feira, dia 29. O documento foi preparado sábado, em São Paulo, pelo Comando Nacional dos Bancários.

Em Niterói, greve chega ao terceiro dia com 100% das agências paralisadas (leia mais aqui), uma das mobilizações mais fortes em todo o País. Assembleia desta segunda-feira será às 19h, na futura sede do Sindicato (Rua Evaristo da Veiga, 37, Niterói, ao lado do Liceu Nilo Peçanha).

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O ofício que cobra dos banqueiros o reinício das negociações também reafirma as as principais reivindicações: aumento real de salário, PLR maior, valorização dos pisos, uma política de preservação dos empregos e mais contratações, melhores condições de saúde, segurança e trabalho, combate às metas abusivas e ao assédio moral, auxílio-educação e plano de previdência complementar para todos.

Greve surpreende pela força e amplitude

Sábado, além de preparar o documento, o Comando Nacional dos Bancários também discutiu a estratégia de ampliação do movimento no Brasil e avaliou os dois primeiros dias de greve nos 27 estados e no Distrito Federal. Os integrantes do Comando Nacional foram unânimes na avaliação de que a greve surpreendeu pela força e amplitude, sobretudo nos bancos privados, e é um êxito em todo o país. No primeiro dia da paralisação, foram fechadas 2.881 agências, além de centros administrativos de todos os bancos, segundo levantamento da Contraf-CUT a partir das informações dos 134 sindicatos de bancários do País.

A greve cresceu na sexta-feira, paralisando 4.791 agências, o que representa aumento de 65,9% em relação ao dia anterior. Em Niterói, foram paralisadas 98% das agências no primeiro dia e 100% na sexta-feira, segundo dia da greve.

Nesta segunda-feira, o Comando também enviará carta às direções dos bancos públicos (Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco da Amazônia e BNB) cobrando a retomada das negociações específicas.

Veja a íntegra da carta para os banqueiros:

São Paulo, 26 de setembro de 2009

Ao Sr. Magnus Apostólico
Superintendente de Relações do Trabalho da Fenaban

Considerando que ainda não recebemos resposta ao ofício que encaminhamos a V.Sa. no dia 18 de setembro manifestando o posicionamento do Comando Nacional dos Bancários de rejeitar a proposta apresentada pela Fenaban no dia anterior e solicitando uma nova proposição para que pudéssemos avançar nas negociações;

Considerando que as assembleias gerais da categoria em todo o país ratificaram a posição do Comando Nacional de rejeitar a proposta por considerá-la insuficiente, decidindo deflagrar a greve por tempo indeterminado;

Considerando que V.Sa. tem afirmado pela imprensa estar preocupado com a “falta de negociação” e que o Comando “tem de dizer o que tem de melhorar”;

O Comando Nacional dos Bancários, reunido em São Paulo na tarde deste sábado, 26 de setembro, reafirma que a proposta para atender às necessidades dos trabalhadores precisa contemplar aumento real de salário, melhoria da PLR, valorização dos pisos salariais, uma política de preservação dos empregos e mais contratações, melhores condições de saúde, segurança e trabalho, combate às metas abusivas e ao assédio moral, auxílio-educação e plano de previdência complementar para todos.

Diante do exposto, o Comando Nacional dos Bancários se coloca à disposição desta entidade patronal para retomar as negociações a partir desta terça-feira, 29 de setembro, e aguardamos sua manifestação.

Atenciosamente,

Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT