Pesquisa universitária confirma risco que correm os caixas e reforça a luta pelo adicional de insalubridade
Estudos do Instituto de Pesquisas Biomédicas da Universidade Gama Filho, no Rio de Janeiro, reafirmou o risco de contaminação e contração de doenças que correm as pessoas que manipulam dinheiro diária e constantemente. No caso dos bancários, os caixas e o pessoal de tesouraria.
O mais preocupante da pesquisa foi a comprovação de que as bactérias aumentam quando as mãos são lavadas. Uma mão contamina a outra, exceto quando o asseio é feito durante três minutos ou mais e com álcool gel.
Outra conclusão da pesquisa foi a de que o uso de luvas também não diminui o perigo de contaminação e contração de doenças.
A manipulação do dinheiro pode causar inflamações oculares, dermatites, faringites, sinusites e até doenças mais graves transmitidas pelas pessoas por quem a nota tenha passado.
O perigo se torna ainda maior quando há feridas nas mãos do manipulador de dinheiro.
A nota que apresentou maior índice de contaminação foi a plastificada de 10 reais.
A pesquisa reforça a luta dos sindicatos pelo pagamento do adicional de insalubridade para os bancários que lidam diretamente com dinheiro.
O Sindicato dos Bancários de Niterói e Região já está estudando a possibilidade de utilização dessa pesquisa no sentido de reforçar a luta pela implantação do adicional de insalubridade para os caixas e pessoal de tesouria.
Para se inteirar melhor sobre a pesquisa, nosso Sindicato estará presente no IIº Congresso Latino Americano de Higienistas de Alimentos, no próximo dia 14 de abril, em Búzios, quando a tese da bióloga Patrícia Pais Martins será apresentada.