A Contraf-CUT emitiu um comunicado na tarde de sexta-feira (8/10) orientando os sindicatos de bancários de todo o país a socializar com os empregados da Caixa Econômica Federal as informações sobre o debate que está sendo realizado entre a Comissão Executiva dos Empregados (CEE) e o banco sobre a proposta de manutenção e custeio do Saúde Caixa e as condições de trabalho no banco.
Premissas e modelo de custeio
A Contraf-CUT reforça a necessidade de manutenção do modelo de custeio 70/30 (70% dos custos arcados pelo banco e 30% pelos empregados) e as premissas do Saúde Caixa – a solidariedade, o mutualismo e o pacto intergeracional – princípios fundamentais para manter o Saúde Caixa viável e justo para todos. Já a Caixa, segundo publicação sobre o plano de Saúde, sugere a individualização da mensalidade e a cobrança por faixa etária, como previa a derrotada Resolução 23 da Comissão Interministerial de Governança Corporativa e de Administração de Participações Societárias da União (CGPAR 23).
“Sabemos que a conjuntura política é muito desfavorável aos trabalhadores e aos seus direitos, mas conhecemos a disponibilidade de luta e a efetividade da nossa unidade e resistência para impedir que a direção do banco torne o pagamento do plano inviável para a maioria dos trabalhadores”, ressaltou Sergio Takemoto, presidente Fenae.
Saúde Caixa para Todos
O médico e consultor da Contraf-CUT e da Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa (Fenae), Albucacis Pereira de Castro, também alertou sobre a importância da manutenção das premissas de solidariedade, pacto intergeracional e mutualismo no Saúde Caixa.
“O plano de saúde é o benefício mais procurado por quem não tem emprego. Para quem tem, como é o caso dos empregados Caixa, a preocupação é sobre a rede de atendimento, reembolso, rapidez no atendimento, com uma visão personalizada. No entanto, é preciso enxergar um plano de saúde com uma visão humanista, para beneficiar a todos. Um plano de saúde tem que dar universalidade, integridade para todos, assim como é o SUS (Sistema único de Saúde)”, explicou o médico.