Dia do Bancário vai ter “lavagem de roupa suja” na Avenida Amaral Peixoto. Com música e teatro (foto), sindicalistas vão denunciar assédio moral e apresentar reivindicações.
Esta sexta-feira, 28 de agosto, é o Dia do Bancário. Infelizmente, porém, a categoria não tem muito a comemorar. Mas vai aproveitar a oportunidade para denunciar assédio moral, a ganância dos bancos e a sobrecarga de trabalho. A partir das 10h, os dirigentes do Sindicato vão percorrer o principal corredor financeiro de Niterói, Avenida Amaral Peixoto, com banda de música, carro de som e uma bem-humorada encenação de grupo de teatro.
Ao fim da manifestação, será cortado um bolo para bancários e clientes. Uma carta-aberta à população será distribuída mostando que esta campanha salarial diz respeito a toda a sociedade, e não só aos bancários. Prevenção à gripe suína nas agências, fim das filas e atendimento das 9h às 17h, por exemplo, são reivindicações deste ano, tão importantes quanto o reajuste salarial com 5% de aumento real.
Este ano a campanha salarial foi lançada pelo Sindicato na Região dos Lagos, com paralisações de uma hora em todos os bancos (leia a notícia aqui).
Veja abaixo a carta-aberta que será distribuída à população durante a atividade deste sexta-feira na Avenida Amaral Peixoto:
A roupa suja dos bancos
Hoje, 28 de agosto, é Dia do Bancário. Mas nada temos a comemorar; estamos aqui para lavar roupa suja em público: o que os bancos dão a seus funcionários e clientes, o ano inteiro, são agências sem segurança, guichês sem atendentes, filas, tarifas altas e juros exorbitantes.
Não é à toa que os bancos brasileiros vêm quebrando seguidos recordes de lucros, apesar da crise financeira mundial. Ser banqueiro no Brasil é melhor que em qualquer lugar do mundo, às custas não só dos bancários, mas de todos os trabalhadores. Nem em segurança eles investem direito, já que têm seguro contra assaltos. Além disso, impõem metas absurdas aos bancários, que sofrem com excesso de tarefas e, por isso, são a categoria profissional mais atingida por doenças do trabalho.
Nós, bancários, estamos em campanha salarial e, assim como todos os clientes, não gostamos nem um pouquinho de greve. Queremos, isto sim, atendimento das 9h às 17h, em dois turnos de trabalho. Queremos agências sem filas, sem gripe suína, sem assaltos, sem doenças profissionais e sem exploração do trabalhador. Reivindicamos, além de mais investimento em segurança, reposição da inflação e 5% de aumento real. E contamos com o seu apoio para essa vitória, que é de todos. Afinal, não é justo que você e os bancários sofram tanto enquanto os bancos têm lucros cada vez maiores, graças a todos nós.