Na próxima segunda (8), será comemorado o Dia Internacional da Mulher. E junto com outras categorias, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) está organizando atividades junto às bancárias para marcar a luta por mais direitos e contra a violência vivida pelas mulheres em casa e nas relações de trabalho. A organização dos atos está a cargo da Secretaria de Mulheres da Contraf-CUT.
Dentre as reivindicações estão o fim da violência, vacinação já e emprego decente. “Serão manifestações descentralizadas com atos em diversas cidades. Vamos ter ações de identidade visual, com as mulheres colocando lenços lilases nas janelas. Para as bancárias de grupo de risco e que precisam ficar no isolamento, pedimos que elas se envolvam nas atividades das redes sociais”, explicou a secretária de Mulheres da Contraf-CUT, Elaine Cutis.
Um twittaço está programado justamente para o dia 8/3. A hashtag utilizada será a #MulheresNaLutaPelaVida. “Estão programados também um vídeo da campanha e outras ações nas redes sociais. O esforço da secretaria é ampliar as manifestações e atos que serão realizados ao longo do mês”, completou Elaine.
“A categoria bancária sempre teve um forte protagonismo na luta em defesa dos direitos das mulheres. Fomos a primeira categoria que conquistou, em negociação com o setor patronal, uma clausula sobre igualdade de oportunidades. Temos uma mesa de negociação específica e permanente, onde debatemos de forma cotidiana questões relativas ao direito das mulheres. A mais recente conquista, o canal de combate à violência doméstica, mostrou o alto volume de mulheres que buscaram auxílio neste momento de pandemia. Isso aumenta nossa responsabilidade de aprimorar e ampliar este importante instrumento de apoio e denúncia”, pontuou a secretária da Mulher da Contraf-CUT.
Outro ponto a se ressaltar é a luta contra o Governo Bolsonaro. As mulheres são diretamente atingidas em seus direitos por esse governo de tendência machista. “O atual governo, com sua política negacionista, misógina e seu discurso conservador, também ameaça vários direitos tão duramente conquistados pelas mulheres, além de aprofundar a miséria e a fome em nosso país”, ressaltou a secretária.
A sindicalista acredita que as mulheres precisam estar cada vez mais engajadas na luta. “É fundamental que todas as mulheres, dadas as restrições que exige o momento, estejam engajadas na luta para impedir que as desigualdades não mais se aprofundem e que não tenhamos retrocessos”, destacou.