O presidente do Banco do Brasil, André Brandão, colocou o cargo à disposição do presidente da República Jair Bolsonaro na tarde desta sexta-feira segundo o jornal O Globo. Já de acordo com o jornal Valor Econômico, que confirmou com fontes do palácio do Planalto, a decisão de Brandão, realmente aconteceu.
No entanto, o Banco do Brasil afirmou em fato relevante ao que não houve pedido formal de renúncia nesta data envolvendo o seu presidente André Guilherme Brandão.
Procurado pela EXAME, o Banco do Brasil preferiu não comentar o caso.
Após o fechamento do mercado, na noite desta sexta-feira, a empresa emitiu um fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários em referência às notícias que afirmam sobre a demissão do presidente.
A decisão acontece após Brandão e Bolsonaro se desentenderam no início do ano, após o plano de demissão voluntária e redução de agências do Banco do Brasil se tornarem públicos. Na época, o chefe do Executivo tentou tirar Brandão do cargo, mas mudou de ideia após conversas com sua equipe econômica.
O plano de demissões previa o fechamento de 112 agências e o desligamento de 5 mil funcionários.
Nesta sexta, as ações do banco caíram mais de 5%. Como é uma empresa de economia mista, com ações abertas na bolsa, o Banco precisa divulgar a renúncia do presidente em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários, o que ainda não aconteceu.
A saída de André Brandão acontece após Bolsonaro afirmar que faria mais mudanças em seu governo após a repercussão ruim no mercado financeiro, e entre analistas, da troca do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco.
No início da semana, Brandão teve uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, quando manifestou o desconforto em permanecer no cargo, depois dos rumores de que Bolsonaro queria substitui-lo. Foi pedido a ele, segundo fontes palacianas, que permaneça à frente do BB por mais um tempo até que se encontre um substituto.
Entre os nomes cogitados para substituir Brandão estão o presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, o secretário-executivo do Ministério da Cidadania, Antônio Barreto e o presidente do BNDES, Gustavo Montezano.
*Com informações do O Globo e Revista Exame