O Bradesco vem promovendo com a tesoura afiada inúmeras demissões com a justificativa de um programa de corte de custos, principalmente com o fechamento de agências e prédios administrativos e redução de funcionários.
“As despesas de uma corporação como o Bradesco são muito elevadas, então precisamos fazer um ajuste para ter um custo de servir adequado para o cliente”, afirmou o presidente do banco, Octavio de Lazari Jr.
Dentro desse programa, a instituição financeira possui o intuito de fechar ou converter em unidades de negócio 1.100 agências em 2020, conforme já adiantando pelo Sindicato aqui no site.
Desse número, 683 já foram encerradas entre os meses de janeiro e setembro. Com isso, o Bradesco encerrou o terceiro trimestre do ano com uma rede de 3795 agências e 5.384 pontos de atendimento.
Home office
O banco colocou diversos funcionários para trabalhar em home office devido a pandemia do novo coronavírus, a fim de fechar prédios administrativos. Em Curitiba, dos 11 edifícios que foram herdados com a compra do HSBC, 9 foram desativados.
Ao longo do próximo ano, o processo de fechamento de agências irá continuar, porém em um ritmo menor comparado ao de 2020, disse o presidente do Bradesco através de uma teleconferência com a imprensa a fim de comentar sobre os resultados obtidos no terceiro semestre.
Redução de funcionários
O banco também irá realizar a redução do quadro de funcionários, porém Lazari não comentou sobre demissões. “O banco tem um turnover (saída) de 7 mil pessoas por ano, então é só não admitirmos que o ajuste é natural”, afirmou.
A fim de arcar com os custos voltados aos cortes, a instituição bancária fez uma projeção de quase R$500 milhões no balanço do terceiro trimestre.
Lucro líquido
O banco obteve um lucro líquido recorrente de R$5,031 bilhões entre os meses de julho e setembro. Foi uma diminuição de 23,1% comparado ao mesmo período do ano anterior, porém representou um aumento de 29,9% no trimestre.
A diminuição das despesas contribuiu para o lucro registrar números acima do esperado pelo mercado. Essa tendência provavelmente terá continuidade nos próximos balanços. “ Os custos do banco certamente vão cair em termos nominais em 2020 e 2021”, disse Lazari.