Representantes da Caixa Econômica Federal e da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa) se reúnem, nesta quarta (12), para negociar as cláusulas de saúde do novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Diversos temas foram incluídos na minuta de reivindicações e serão abordados durante a reunião.
Para Leonardo Quadros, diretor da Associação de Pessoal da Caixa Econômica Federal de São Paulo (Apcef-SP) e suplente da Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito de São Paulo (Fetec-SP) na CEE/Caixa, o banco deve garantir a salubridade do ambiente de trabalho, independente de ser uma agência, departamento ou, até mesmo, a casa (para quem está em home office).
“Vamos defender que seja mantido o Fórum de Condições de Trabalho, que discute as condições específicas de cada local. Lá nós tratamos do monitoramento de resultados, assédio moral, condições físicas e de estrutura das unidades, e jornada de trabalho”, apontou Leonardo.
Membro da CEE/Caixa, Dionísio Reis lembra a importância dos funcionários da instituição nesse momento, já que a Caixa Econômica Federal é a responsável pelo pagamento do Auxílio Emergencial. “Saúde é uma questão prioritária para os empregados da Caixa, ainda mais nesse momento de pandemia, no qual, ao contrário do governo federal e da direção do banco, estão dando um verdadeiro exemplo de compromisso com a sociedade. É importante ressaltar, porém, que não somos heróis, mas sim trabalhadores assalariados, que devem ter o seu direito à saúde respeitado. As reivindicações sobre o Saúde Caixa, conquista importantíssima dos empregados, serão debatidas em mesa específica sobre o tema”, colocou.
Entre as reivindicações específicas relacionadas com pessoas com deficiências (PCD’s), estão a redução de jornada diária em 2h aos pais/mães/responsáveis legais de PCDs para acompanhamento (assegurada a remuneração integral, sem prejuízo da função) em terapias seriadas e reembolso integral nas terapias multidisciplinares especializadas devido a ausência na rede credenciada do Saúde Caixa; custeio de medicamentos e insumos; ausência permitida ilimitada para acompanhamento ao médico e internação; e reembolso integral de despesas com tratamentos em clínicas multidisciplinares e/ou múltiplos profissionais para crianças autistas, que demandam terapias muito específicas para as quais o Saúde Caixa não possui profissionais de saúde credenciados, principalmente nos métodos ABA, TEACH e DENVER.
“Também trataremos de questões como suplementação do auxílio-doença, adicionais de insalubridade e periculosidade, procedimentos em caso de assalto e sequestro, licença para tratamento de saúde, trabalho das gestantes, Cipa, intervalo para descanso, pessoas com deficiência, qualidade de vida dos empregados, protocolos em meio à pandemia, entre outras”, conclui Dionísio Reis.