Durante a reunião da Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) com os representantes do banco na última sexta (5), foram tratadas algumas cláusulas do novo Acordo Coletivo de Trabalho (ACT). Um dos pontos debatidos foi o fim da redução do quadro de pessoal e a contratação de funcionários concursados.
O balanço do primeiro semestre do BB aponta que, no final de junho, o banco tinha 92.474 funcionários. Ou seja, houve fechamento de 3.694 postos de trabalho em doze meses, sendo 283 no 2º trimestre de 2020. “Tem praças como São Paulo e Mato Grosso com falta de pessoal e não tem como fazer a recomposição do quadro sem ser por concurso público. Também é importante observar o caráter público do banco e a contratação pode contribuir com a redução do desemprego no país”, disse o coordenador da CEBB, João Fukunaga.
“Além disso, somos contra as terceirizações e a política que coloca os correspondentes bancários como concorrentes dos funcionários”, completou. Entre junho de 2019 e junho de 2020, foram fechadas 344 agências e 17 postos de atendimento bancário, sendo uma agência e 28 postos de atendimento fechados no trimestre, ou seja, em pleno período de pandemia no país.
Renovação do ACT – O Banco do Brasil informou que há o interesse de renovar as cláusulas do ACT atualmente vigentes. “A informação de que o banco aceita a renovação de algumas cláusulas do acordo em vigência é importante e traz alento para os funcionários, mas ainda precisamos avançar em outros pontos”, disse o coordenador da (CEBB), João Fukunaga.
O banco informou que vai renovar as cláusulas do ACT em vigência, que tratam das mesas temáticas sobre os trabalhadores dos bancos incorporados, que será instalada em 90 dias após a assinatura do acordo e o banco vai trazer para a mesa as entidades relacionadas (Economus, Previ, Cassi…).
O banco também vai renovar a mesa para tratar do trabalho home office e aceitou incluir nesta mesma mesa os escritórios digitais. Também há intenção de renovação da cláusula de negociação permanente.
Os trabalhadores também apresentaram reivindicações específicas em relação ao Performa, ao GDP e a continuidade da contagem do tempo para questão de mérito, mesmo quando o trabalhador está em licença acidente de trabalho. Também cobraram a constituição de uma mesa específica para tratar dos funcionários com deficiência.
Os trabalhadores também solicitaram e o banco acatou o pedido para realização de uma mesa específica para tratar de assuntos relacionados à Covid-19. Segundo os trabalhadores, gestores estão propondo que pessoas do grupo de risco voltem ao trabalho mediante avaliação médica e ameaçando funcionários do grupo de risco que estão em home office, alegando que se estes não cumprirem metas deixarão o home office e serão incluídos no grupo que está acumulando horas negativas a serem compensadas. Também existe falta de EPIs, que não estão chegando em todos os locais.
As próximas mesas de negociação serão sobre saúde e outra sobre Igualdade e cláusulas sociais, ainda sem datas definidas.