A 22ª Conferência Interestadual dos Bancários dos Estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo, realizada por videoconferência, neste sábado (04/07), contou com a participação de 342 bancários(as).
Essa é a primeira vez que a conferência acontece de forma online. A pandemia do coronavírus e os decretos que restringem aglomerações foram cruciais para o uso da tecnologia na discussão do futuro da categoria.
Um dos principais destaques da conferência ficou por conta do discurso de união e força da categoria para enfrentar a campanha salarial deste ano, tanto de bancos públicos, quanto privados.
O combate às privatizações dos bancos públicos ganhou força entre os bancários e o tema será levado como uma das principais bandeiras para o Encontro Nacional.
As palestras também engrandeceram os debates. O economista Wellington Leonardo da Silva, diretor do Sindicato dos Economistas do Rio de Janeiro, destacou a precarização do trabalho, cujo maior símbolo hoje são os entregadores de aplicativos, totalmente vulneráveis. Convocou todos a resgatar a Constituição de 1988 e “desprivatizar o Estado”, hoje tomado por setores do mercado.
Patrícia Platieri, Técnica do DIEESE, apresentou o intenso declínio do Índice de Condições de Trabalho a partir do segundo semestre de 2015. Também pontuou a diferença entre teletrabalho – que precisa de um aditivo ao contrato de trabalho e não há controle da jornada – e home office – um regime eventual que não supõe acordo prévio.
As formas de trabalho durante a pandemia e a comunicação entre os sindicatos e a categoria também foram destacados como muito importantes nas discussões futuras.
Ao final, as teses entre as correntes foram apresentadas e levadas à votação. Também foi eleita, com 98% dos votos, a delegação que irá representar os bancários do Rio de Janeiro e Espírito Santo na conferência nacional que acontecerá nos dias 17 e 18 de julho também por videoconferência.