A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), por meio da Comissão de Organização dos Empregados (COE), e demais entidades de representação dos trabalhadores se reúnem com o banco Santander na Comitê de Relação Trabalhistas (CRT) na próxima quinta-feira (25) para debater questões que afetam o dia a dia de trabalho e estão pendentes de negociação com o banco.
O CRT é uma conquista dos bancários do Santander prevista na cláusula 35 do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) específico do banco, aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). A CRT se reúne a cada dois meses para tratar das questões de relações trabalhistas.
“Queremos a solução para questões que estão pendentes, tanto para problemas específicos enfrentados pelos trabalhadores em seu dia a dia, quanto para aquelas que nos ajudarão na resolução de questões gerais. O importante é sairmos da reunião com a solução”, disse o secretário de Assuntos Socioeconômicos e representante da Contraf-CUT na mesa de negociações com o Santander, Mario Raia.
Histórico e pontos de pauta
Os trabalhadores se reuniram com a vice-presidenta de RH do banco no dia 22 de março e a reunião de quinta-feira só foi marcada após envio de ofício à vice-presidência de RH do Santander e carta aberta à presidenta executiva do conglomerado, Ana Botín.
Entre os temas abordados, estão as pressões e ameaças de demissão contra os bancários que não obtiverem a certificação CPA 10 até maio; unificação de cargos; mudança da bandeira dos vales refeição e alimentação; aumentos abusivos na mensalidade e coparticipação do plano de saúde; retirada das portas giratórias de agências.
Os representantes dos trabalhadores também cobrarão explicações sobre a possível abertura de agências nos finais de semana para educação financeira e abertura de agências em shoppings centers. O presidente do Santander Brasil, Sérgio Rial, informou em vídeo a intenção que o banco tem de abrir as agências aos finais de semana.
O valor do reajuste do valor de reembolso por quilômetro rodado com carro próprio; e problemas enfrentados pelos trabalhadores após afastamento pelo INSS são outros pontos a serem discutidos.
Fonte: Contraf-CUT, com informações do SPBancários