Os funcionários do Banco do Brasil realizaram, na última sexta-feira (19/1), protestos em todo o país, como parte do Dia Nacional de Luta. O objetivo foi denunciar à população o novo golpe do governo Temer, imposto pela diretoria do BB através do Programa de Adequação de Quadros (PAQ), que vem gerando a redução de direitos e remuneração, corte de funções e fechamento de postos de trabalho.
A manifestação foi convocada pela Contraf-CUT, federações e sindicatos dos bancários. O PAQ foi denunciado ainda como parte do processo de preparação da privatização do banco que vem sendo implementado através do seu progressivo esvaziamento.
Em 2016, uma grande reestruturação acabou com 9,4 mil vagas, fechou centenas de agências e unidades administrativas. No último dia 5 foi anunciada a imposição do Programa de Adequação de Quadros (PAQ), seguindo a mesma lógica da desestruturação, com a transferência compulsória de funcionários e incentivos à remoção em praça priorizada.
Toda a sociedade perde
Ao mesmo tempo, o BB divulgou a extinção de vagas em todo o país. Só de caixas foram 1.200. Além de um ataque cruel contra os funcionários e a ampliação do esvaziamento do BB, as medidas vão gerar a piora dos serviços prestado. Desde 2016, o banco já fechou cerca de 540 agências e mais de 10 mil postos de trabalho. O funcionalismo não é o único que perde com o esvaziamento da instituição, mas toda a sociedade. Por isto, é preciso resistir a mais este ataque contra o povo brasileiro, parte do receituário de Temer de retirar direitos e passar para as mãos de grupos econômicos privados nossas estatais e reservas minerais.
Rita Mota, integrante da Comissão de Empresa dos Funcionários, disse que a reestruturação é um desrespeito aos funcionários e gera instabilidade generalizada. “As medidas impactam negativamente na carreira, retirando funções, reduzindo a remuneração e deixando colegas sem saber se conseguirão uma nova colocação”, argumentou. Rita acrescentou que o Sindicato e a Comissão de Empresa vêm monitorando de perto e discutindo toda a situação com a Gerência (Gepes) e a Direção de Pessoas (Dipes) para garantir que sejam respeitados os direitos de todos.
Fonte: BancariosRio