As propostas foram aprovadas por bancários de todo o País, encerrando a greve que durou 15 dias. Na Caixa, as bases que haviam rejeitado a proposta quinta-feira aprovaram sexta, dia 24.
Os acordos dos bancários com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e com o Banco do Brasil serão assinados quinta-feira, dia 30, em São Paulo. A expectativa é que o acordo da Caixa Econômica seja assinado no mesmo dia. A data anterior era dia 29, mas foi alterada nesta sexta-feira, dia 24. As propostas foram aprovadas por bancários de praticamente todo o País, encerrando a greve que durou 15 dias. Na Caixa, algumas bases decidiram rejeitar a proposta e manter a greve.
Em até dez dias após a assinatura do acordo, os bancários receberão a primeira parcela da participação nos lucros e resultados (50%). As diferenças salariais e das demais verbas vêm na folha de pagamento do mês de novembro. Nos bancos privados e no Banco do Brasil, os dias parados terão que ser compensados até o dia 15 de dezembro.
Caixa vai devolver desconto do dia parado
Na Caixa a greve só foi encerrada nesta sexta-feira, dia 24, porque se resolveu o impasse sobre o desconto dis dias parados. O valor descontado relativo ao dia 30 de setembro será devolvido aos bancários até 20 de novembro, e os dias parados em outubro serão compensados de 29 de outubro até 16 de dezembro. O banco também divulgou que o processo de promoção por merecimento acontecerá até abril de 2009, mas as promoções resultantes serão aplicadas retroativamente a janeiro do mesmo ano.
Acordo da Caixa fechado em todo o País
Além de Niterói, aprovaram a proposta da Caixa na quinta-feira, encerrando a greve, os bancários de Campos, Macaé, Nova Friburgo, Petrópolis, Teresópolis e Petrópolis. Fora do Estado do Rio, o acordo também foi aceito em Brasília, Belo Horizonte, Salvador, Sergipe, Florianópolis, Curitiba, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Rondônia, Sergipe, Salvador, Pará, Amapá, Alagoas e Campinas (SP)
Na noite de sexta-feira a greve acabou nas bases de Rio de Janeiro (capital), São Paulo (capital), Pernambuco, Ceará e Piauí, onde a proposta da Caixa havia sido rejeitada pelas assembléias de quinta-feira.
Greve histórica de 15 dias
A greve dos bancários de 2008, que somou 15 dias apesar da atual crise financeira internacional, já fica registrada na história como uma das maiores mobilizações dos funcionários das instituições privadas. A motivação desses trabalhadores, que sempre sofrem pressão para não aderir ao movimento, pode ser explicada pelo atual contexto: assédio moral, cobrança excessiva por metas e falta de condições de trabalho.
O reajuste salarial varia entre 10% e 8,15%, o que significa aumento real entre 1% e 2,66%. A participação nos lucros e resultados (PLR) também será maior: a regra básica (80% do salário mais R$ 878) foi alterada para 90% do salário mais R$ 966. Além disso, os bancos que distribuírem menos de 5% do lucro líquido pagam PLR de 2,2 salários. A regra da parcela adicional – conquista de 2006 – continua igual e, de acordo com o crescimento do lucro, pode atingir o teto de R$ 1.980.