Greve avança pelo 28º dia contra a intransigência dos banqueiros

A greve dos bancários chega nesta segunda-feira (03) ao 28º dia. Na sexta-feira (30), 13.358 agências foram fechadas em todos país, o que corresponde a 57% do total e 34 centros administrativos. Em Niterói e região, o Sindicato mantém 100% das unidades paralisadas. Cerca de 4 mil bancários atuam nos 16 municípios do leste fluminense, zona da mata e Região dos Lagos. Com a intransigência dos banqueiros, o movimento cresce dia pós dia, mesmo enfrentando forte repressão ao movimento por parte dos bancos. A Fenaban ainda não agendou data para uma nova negociação.   

 

Greve recebe apoios de outros países

A Contraf-CUT está recebendo cartas de apoio de sindicatos de diversos países: “A visibilidade de nossa greve está muito grande e a própria mídia fica procurando entender as razões para os bancos não atenderem as reivindicações, inclusive a mídia internacional. Sabem que o setor não passa por dificuldades. Ao contrário, lucraram bilhões. A recente divulgação das taxas de juros que eles cobram dos clientes mostrou isso. A taxa de juros do supercheque, por exemplo, chegou ao incrível patamar de 321,1% ao ano, subindo 2,7% só no último mês e crescendo 34,1% desde dezembro de 2015. Escandaloso se comparar com a recusa intransigente de reajustar decentemente nosso salário” destaca Roberto.

 

Perdas salariais aos bancários e juros no cartão de 475%

Os bancários acumularam uma redução salarial de 9,62% desde agosto do ano passado e os bancos  recusam a fazer minimamente a correção disso. Os bancos oferecem 7%, o que vai causar uma perda de 2,39%.

 

“E se a gente considerar que os juros do cartão de crédito, onde eles cobram 475% ao ano, subiram 43,88% só este ano acha que é uma piada a recusa em reajustar o nosso salário. Desconfiamos que é algum tipo de acordo com algum plano de ajuste fiscal deste governo. Só isto explicaria” afirma o presidente da Contraf-CUT.

 

Fonte: Seeb-Nit com ContrafCut