Cerca de 30 demissões. Esse é o saldo do primeiro trimestre do banco Bradesco na base de atuação do Sindicato dos Bancários de Niterói e região. Em protesto contra as dispensas, a direção do Sindicato lacrou a agência Bradesco Centro Niterói, a maior da região e que fica localizada na Avenida Amaral Peixoto, ponto comercial nervoso da cidade, para dar um recado ao banco de que não vai admitir novas demissões imotivadas. Mesmo com lucro superior a R$ 4 bilhões somente em 2016, o patrocinador das Olimpíadas do Rio de Janeiro segue demitindo sem justificativas e diminuindo o quadro de funcionários.
No 1º trimestre de 2016, o banco Bradesco obteve lucro líquido contábil de R$ 4,121 bilhões. De acordo com análise feita pela subseção do Dieese, na Contraf-CUT, o lucro líquido ajustado de R$ 4,113 bilhões, teve queda de 3,8% em relação ao mesmo período de 2015.
A holding encerrou março de 2016 com 91.395 empregados, com redução de 3.581 postos de trabalho em relação a março de 2015. Foram fechadas 152 agências no período. De janeiro a março deste ano, o Bradesco cortou 1.466 postos de trabalho em todo o Brasil.
“É inadmissível que um banco do porte do Bradesco, o segundo maior do país, demita tantos funcionários. Mesmo em tempos de crise econômica os bancos lucraram alto. Não se justificam as demissões. Elas precarizam o atendimento aos clientes, aumenta a pressão em cima daqueles bancários que ficam, aumentam os assédios e provocam doenças psicológicas e físicas nos trabalhadores. Estamos hoje mostrando à categoria que vamos defender sempre o emprego e as melhores condições de trabalho”, avalia Luis Cláudio Caju, presidente do Sindicato.
A paralisação é de 24 horas. Não haverá atendimento interno na agência nem nos caixas eletrônicos.
Fonte: Imprensa Seeb-Nit
Fotos: Willian Chaves