Frustrante! Assim pode ser definida a reunião desta quinta-feira (28), em Brasília (DF), que discutiria melhorias na promoção por mérito. Isso porque, ao contrário do que estava previsto, o banco não apresentou os dados solicitados sobre a sistemática aplicada no ano passado. A posição foi duramente criticada pelos representantes dos trabalhadores, que querem saber os motivos do grande número dos empregados não terem recebido nenhum delta em 2016.
“A análise das informações é o ponto de partida do debate. Fizemos essa solicitação assim que os resultados da última promoção por mérito foram divulgados, no dia 16 de fevereiro. Na reunião, porém, ainda tem interlocutor da Caixa perguntando quais dados queremos. É um absurdo”, diz Genésio Cardoso, diretor do Sindicato dos Bancários de Curitiba e membro da Comissão Executiva dos Empregados da Caixa (CEE/Caixa), que assessora a Contraf-CUT.
Wandeir Severo, diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília e também integrante da CEE/Caixa, diz: “Essa é mais uma atitude que mostra o desrespeito com que a direção do banco trata os trabalhadores. Estamos quase em maio e ainda não há nada definido sobre as regras para este ano. É fundamental que a sistemática seja divulgada o quanto antes, a fim de que a categoria possa se programar”.
Segundo Genésio Cardoso, a Caixa se comprometeu, mais uma vez, a apresentar as informações da sistemática aplicada em 2015. “Vamos cobrar no sentido de que a empresa repasse os dados o quanto ante. A partir daí faremos uma avaliação prévia dos números, antes de que seja marcada uma nova reunião para tratarmos do assunto”, explica.
Sistemática anterior
No ano passado, 91.928 de um universo de 97.462 trabalhadores do banco eram promovíveis, dos quais 63.520 (69,1%) receberam um delta este ano e 14.991 (16,3%) foram contemplados com dois deltas. Os que não alcançaram promoção chegaram a 13.417 empregados (14,6%).
Em 2015, houve a garantia de um delta com 40 pontos, 10 a menos que em 2014. Os critérios objetivos foram assim distribuídos: 20 pontos pela conclusão de 30 horas anuais de módulos da Universidade Caixa, cinco pontos pela participação no Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e 15 pontos para a frequência medida pelo Sistema de Ponto Eletrônico (Sipon). Também foram considerados critérios subjetivos, com a garantia de até 20 pontos. Houve ainda extra de 10 pontos para iniciativa de autodesenvolvimento.
Fonte: Contraf-CUT com Fenae