Santander tem lucro de R$ 1,66 bilhão no 1º trimestre de 2016

Nos primeiros três meses do ano, o Santander obteve um Lucro Líquido Gerencial de R$ 1,660 bilhão, com crescimento de 1,7% em relação ao mesmo período de 2015, e de 3,3% em relação ao 4º trimestre de 2015. O retorno sobre o Patrimônio Líquido médio anualizado (ROE) ficou em 12,6%, com queda de 0,2 ponto percentual. Análise feita pela subseção do Dieese, na Contraf-CUT, demonstra que o lucro obtido no Brasil representou 18% do lucro global da Instituição, que foi de 1,633 bilhão de euros.  Em comparação ao 1º trimestre de 2015, houve queda da participação quando o lucro do Brasil representou 21% do lucro global.

 

Número de Empregados

 

A holding do banco encerrou o primeiro trimestre de 2016 com 50.142 empregados, com aumento de 232 postos de trabalho em relação ao mesmo período no ano passado, sendo 118 a mais, no trimestre. Foram abertas 10 agências e 38 PAB’s em doze meses. A carteira de clientes totalizou 32,9 milhões em março de 2016, com acréscimo de 1,5 milhão a mais em um ano.

 

Carteira de Crédito

 

A Carteira de Crédito Ampliada do banco caiu 3,8% em doze meses e atingiu R$ 312,0 bilhões. As operações com pessoas físicas (PF) cresceram 7,2% em relação a março de 2015, chegando a R$ 85,6 bilhões. Já as operações com pessoas jurídicas (PJ) alcançaram R$ 130,0 bilhões, com alta de 8,6%. O segmento de pequenas e médias empresas caiu 5,6%, enquanto o segmento de grandes empresas diminuiu em 9,6% em doze meses.

 

Segundo o banco, a carteira de grandes empresas foi impactada pelo efeito da valorização do dólar. Sem esse efeito, a variação dessa carteira, em doze meses seria uma queda de 13%. Assim como a anterior, a carteira de “financiamento ao consumo”, gerada fora da rede de agências, também apresentou queda (9,6%) em 12 meses, totalizando R$ 32,7 milhões.

 

As operações com câmbio e derivativos renderam ao Santander mais de R$ 5,5 bilhões no trimestre, ao passo que, no mesmo período de 2015, os mesmos itens, haviam dado um prejuízo de mais de R$ 4,4 bilhões. Além disso, as despesas de operações com empréstimos e repasses de recursos captados no exterior também caíram significativamente. Todos esses resultados estão vinculados à valorização do real frente ao dólar ocorrida nesse período, em relação ao fim de 2015.

 

Inadimplência

 

O Índice de Inadimplência superior a 90 dias apresentou alta de 0,3 ponto percentual em relação ao 1º trimestre de 2015, ficando em 3,3%. Ainda assim, foram reduzidas as despesas com provisões para créditos de liquidação duvidosa (PDD) em 8,5%, totalizando R$ 2,6 bilhões.

 

A receita com prestação de serviços mais a renda das tarifas bancárias cresceu 9,3% em doze meses, totalizando R$ 3,1 bilhões. Já as despesas de pessoal subiram 14,5%, atingindo R$ 2,1 bilhão. Assim, em março de 2016, a cobertura dessas despesas pelas receitas secundárias do banco foi de 144,93%.

 

Fonte: Contraf-CUT com Dieese