De acordo com o comunicado, o Citi manterá “uma sólida presença no Brasil, na Argentina e na Colômbia com o objetivo de continuar atendendo seus principais clientes corporativos e institucionais nestes mercados.”
“Embora os nossos negócios de varejo no Brasil, na Argentina e na Colômbia sejam de alta qualidade, decidimos focar esforços nas oportunidades com os nossos clientes institucionais nesses países e em toda a região”, disse o CEO do Citi, Michael Corbat, por meio de nota.
O anúncio do Citi ocorre poucos meses depois que o rival HSBC anunciou em agosto a venda de suas operações no Brasil para o Bradesco por US$ 5,2 bilhões.
O movimento acontece também enquanto o Brasil caminha para registrar sua pior recessão em mais de um século se as previsões de economistas e do governo para o desempenho da economia em 2016 se confirmarem.
Com a compra do HSBC pelo Bradesco e saída do Citi do país, o único grande banco estrangeiro com operação relevante no varejo bancário brasileiro será o Santander.
De acordo com dados de 2014 do Banco Central, os mais recentes disponíveis, o Citi era o 10º maior banco do Brasil em ativos totais, se excluído o HSBC da lista.
O Citi possui 71 agências, 400 mil contas, 1 milhão de cartões emitidos e cerca de 5,5 mil funcionários no Brasil, informou a assessoria do banco no país.
Os negócios de varejo que vão ser transferidos para a Citi Holdings equivalem a cerca de US$ 6 bilhões e não tiveram impacto sobre o lucro líquido do Citigroup em 2015, segundo a instituição.
Com a saída dos três países, os negócios de varejo do Citi vão se limitar a 54 milhões de clientes nos Estados Unidos, México, Ásia-Pacífico, Europa e Oriente Médio.
O Citi opera no Brasil e na Argentina há mais de 100 anos. Globalmente, o banco tem tentado reduzir de tamanho desde a crise financeira internacional de 2008 e 2009.
O Citi tem vendido operações de varejo em uma série de países, encolhendo sua rede de agências e vendendo ativos não prioritários em estratégia comandada por Corbat.
No quarto trimestre, o Citi registrou uma queda de 17% na receita gerada pela América Latina.
Fonte: G1