Em assembleia realizada na noite desta quinta-feira (01), bancários de Niterói e região rejeitaram, por unanimidade, a proposta de reajuste salarial de 5,5% oferecida pelos bancos e aprovaram greve geral por tempo indeterminado a partir do dia 06 de outubro (terça-feira). Uma nova assembleia organizativa vai acontecer no dia 05 de outubro (segunda-feira).
A rejeição da proposta foi uma orientação do Sindicato. Os bancos propuseram o índice de reajuste 5,5% que não repõe a inflação, gerando perdas de 4% para a categoria nos salários e demais verbas como PLR, vales, piso. Perdas tão significativas que reverteriam os aumentos reais de 1,82% e 2,02% conquistados em 2013 e 2014, respectivamente. No vale-refeição, esses 5,5% não cobririam o gasto com um simples salgadinho, já que representa apenas R$ 1,43 a mais no dia.
A Fenaban – Federação Nacional dos Bancos ofereceu ainda um abono de R$ 2,5 mil que foi considerado como uma pegadinha pelos dirigentes sindicais. Primeiro porque o abono não integraria aos salários e seria pago só uma vez. Por conta disso, também não se incorporaria ao FGTS, à aposentadoria nem ao 13º salário, gerando perdas enormes no longo prazo. Fora que nem seriam sequer esses R$ 2,5 mil, porque sobre eles, os bancários teriam de pagar imposto de renda e INSS.
Com a decisão pela greve, cerca de 240 agências bancárias em Niterói, São Gonçalo, Cabo Frio e demais cidades da Zona da Mata e Região dos Lagos, totalizando 16 municípios, ficaram sem funcionamento. Ao todo, 3.600 bancários atuam nas unidades. Aposentados e pensionistas não terão seus recebimentos prejudicados. Um esquema especial será montado pela direção da greve para garantir o pagamento aos beneficiários.
Fonte: Seeb-Nit