Bancários debatem remuneração e propostas a serem entregues aos bancos na Conferência Nacional

Dentro da 17ª Conferência Nacional dos Bancários, delegados sindicais de todo o País analisaram neste sábado 1 questões da pauta específicas sobre remuneração. Os debates giraram em torno dos valores do piso, vales e da PLR que serão reivindicados dos bancos na Campanha Nacional 2015. A pauta final será votada na plenária de domingo 2.

O grupo chegou a consenso no valor do vale alimentação e da décima terceira cesta a ser reivindicado, de R$ 788. Vale refeição terá de subir para R$ 34,26 ao dia. Os representantes dos trabalhadores defenderam também piso com base no salário mínimo do Dieese (R$ 3.299,66), PLR de três salários mais R$ 7.196,84 de parcela fixa adicional e o 14º salário.

O grupo de remuneração foi um dos quatro criados para debater a pauta completa. Os outros foram saúde e segurança, emprego e estratégia. As questões específicas discutidas estes grupos e os pontos que não chegaram a um consenso serão colocados em votação no dia seguinte.

Garantia do emprego bancário será prioridade na Campanha Nacional 2015

Em grupo específico sobre Emprego, delegados da 17ª Conferência Nacional dos Bancários discutiram propostas a serem incluídas na pauta de reivindicações da categoria, que será negociada com a federação dos bancos (Fenaban).

Os debates se deram com tranquilidade e as divergências foram solucionadas com diálogo e construção de consensos. Entre os principais pontos aprovados estão a inclusão de artigo em que se reivindica a garantia dos empregos de todos os trabalhadores abrangidos pela Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) durante a vigência da mesma e a ratificação do Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

Outro item importante da pauta é a determinação de no mínimo 15 funcionários por agência bancária, sendo que desses pelo menos dois desempenhem a função de caixa.

Entre vários outros pontos do tema, os trabalhadores reivindicarão a redução da jornada de trabalho para 5 horas diárias e 25 horas semanais, com intervalo de 15 minutos para descanso. Também se condiciona a ampliação do período de atendimento bancário ao público à criação de outros turnos de trabalho. Foi consenso ainda a proibição de funcionamento de agências, inclusive das agências de negócios, aos sábados, domingos e feriados.

Fonte: ContrafCut