Em Niterói e Região, todas as agências estão fechadas. A intransigência dos banqueiros, que não voltaram a negociar, aumenta a disposição de luta dos bancários.
A greve nacional dos bancários completa uma semana nesta terça-feira, dia 5, e a adesão em Niterói e Região se mantém em 100% desde o primeiro dia. A intransigência dos banqueiros, que não voltaram a negociar, aumenta a disposição de luta dos bancários, que fazem assembleia às 17h30 na futura sede do Sindicato (Rua Evaristo da Veiga, 37, Centro de Niterói, ao lado do Liceu).
Nesta segunda-feira o Comando Nacional dos Bancários decidiu enviar um documento para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) repudiando a prática anti-sindical e se colocando à disposição para negociação, já que a proposta de 4,29% de reajuste foi rejeitada pela categoria no Brasil inteiro.
Mobilização cresce em todo o país
Em todo o país, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), a greve continua crescendo: 312 novas agências não abriram suas portas, totalizando 6.527 fechadas nos 26 Estados e no Distrito Federal. Isso representa um crescimento de 68,9% em relação ao primeiro dia da greve, na quarta-feira 29. Também foram paralisados centros administrativos de todos os bancos nas capitais.
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Os bancários reivindicam 11% de reajuste, valorização dos pisos salariais, maior Participação nos Lucros e Resultados (PLR), medidas de proteção da saúde que inclua o combate ao assédio moral e às metas abusivas, garantia de emprego, mais contratações, igualdade de oportunidades para todos e mais segurança. Os bancos propuseram apenas reajuste de 4,29% (a inflação do período) e rejeitaram as demais reivindicações.
CUT nacional divulga nota de apoio
Também na segunda-feira, a CUT Nacional divulgou nota de apoio à greve nacional dos bancários. Para a CUT, “trata-se de uma greve inevitável, forjada pela insensibilidade e inflexibilidade dos bancos, que a despeito de todo o lucro que vêm amealhando ao longo dos últimos anos e do ambiente estável e de crescimento econômico, construído pelos brasileiros e brasileiras, respondem à justa demanda dos bancários com uma proposta de reajuste que seria risível, não fosse ofensiva”.
A nota, assinada pelo presidente da CUT, Artur Henrique, “reivindica uma mudança de postura por parte dos bancos e o início de negociações em patamar diferente do atual, buscando garantir dignidade para os bancários”.
Foto: Paulo de Tarso/Feeb RJ-ES