CUT se reúne com governo para discutir correção da tabela do Imposto de Renda, valor do mínimo e reajuste dos aposentados.
Nesta quarta-feira, 26 de janeiro, a Central Única dos Trabalhadores (CUT) e as demais centrais sindicais se reúnem em Brasília com o secretário-geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho. Serão discutidas três principais reivindicações: correção da tabela do Imposto de Renda, reajuste do salário mínimo de R$ 510 para R$ 580 e repasse de 80% do valor que for definido para o mínimo aos aposentados que ganham mais de um salário.
A tabela do Imposto de Renda está defasada em 64% em relação a 1995. Sem essa mudança, as conquistas das campanhas salariais acabam anuladas, já que os vencimentos são incluídos em uma nova faixa de contribuição e “comidos” pela Receita. Também deixarão de ser corrigidas as deduções, como despesas médicas e por dependentes, que já são pequenas, pois não correspondem aos valores gastos pelos contribuintes. Se a tabela do IR não for mais corrigida, isso penalizará principalmente os mais pobres, que têm renda menor. Como a alíquota do Imposto de Renda é igual para todo mundo (27,5%), os valores pagos são proporcionalmente maiores para os mais pobres.
> Acompanhe as notícias em tempo real no Twitter.
> Comunique-se com o Sindicato no Orkut.
> Assista a vídeos dos bancários no Youtube.
> Veja fotos sobre os bancários no Picasa.
> Receba as notícias sobre os bancários no celular.
Para o salário mínimo, o governo propõe apenas R$ 545, mas valor que cobre apenas a inflação de 6,47% medida em 2010 pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Portanto, não representa aumenta real para o trabalhor.
Além desses temas pontuais, as centrais cobrarão do governo da presidenta Dilma Rousseff a abertura de um canal de negociação permanente semelhante ao que existia no governo do presidente Lula. “Já havíamos conquistado esse espaço para tratar de diversos assuntos, entre eles o mínimo, o aumento para os aposentados e a correção da tabela. Em dezembro, iniciamos um processo de negociação e imaginávamos que teríamos continuidade, mas isso não aconteceu por parte do governo”, comentou Artur Henrique, presidente da CUT.
Foto: CUT