Duas bancárias iniciaram nesta quinta-feira a série de audiências que continua nesta sexta-feira, relatando no Ministério Público o desrespeito de peritos e a falta de critérios médicos.
Começou nesta quinta-feira, dia 12, a série de audiências públicas no Ministério Público do Trabalho para denunciar o desrespeito de peritos do INSS com os bancários. O secretário de Saúde do Sindicato, Edilson Cerqueira, levou cerca de 20 bancários com problemas de saúde que foram vítimas de ofensas e foram tratados como fraudadores pelos peritos, que nem mesmo fazem o exame médico. O procurador do Trabalho Patrick Maia Merísio ouviu duas bancárias e continua a reunião nesta sexta-feira, ouvindo mais vítimas de maus peritos. Ele só vai chamar representantes do INSS após o depoimento de todas as testemunhas.
Participaram da reunião, além de Edilson e do procurador, o presidente da Federação dos Bancários dos Estados do Rio e Espírito Santo, Fabiano Júnior, o advogado criminalista do Sindicato, João Custódio de Carvalho, a advogada cível do Sindicato, Elaine Louzada, a advogada da Federação Cristina Kawaia e o médico Ricardo Garcia Duarte, coordenador do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest-SUS) em Niterói. Equipe semelhante à reunião de quando as denúncias foram formalmente apresentadas pelo Sindicato, em julho (foto).
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O procurador apresentou um perito de confiança e registrou as denúncias das bancárias Ana Maria Souza de Carvalho e Maria Clara Portugal Cardoso Coutinho, ambas do banco Real. Nesta sexta-feira o Ministério Público vai ouvir mais dois ou três bancários que foram resrespeitados por peritos do INSS.
Ana Maria foi à audiência no dia em que teve alta médica devido a uma cirurgia realizada na segunda-feira. Ela contou que o banco a considera inapta para o trabalho, mas o perito do INSS não concede o benefício. E mais: inicialmente sua perícia foi marcada sem que ela soubesse. Quando finalmente conseguiu marcar, o perito a atendeu enquanto conversava ao celular, em total desrespeito.
Já Maria Claro denunciou que também é considerada inapta pelo Real e não consegue o benefício no INSS. Com 26 anos de banco, ela sofreu um acidente em 2004 quando voltava do trabalho para casa e precisou ficar cinco anos afastada. Ela também sofre de um problema oftalmológico grave.
Sindicato luta no MP e em Brasília
Na primeira reunião com o Ministério Público, quando o Sindicato apresentou as denúncias, o procurador considerou as informações graves e abriu investigação. “As denúncias do Sindicato revelam ofensas coletivas à saúde e à segurança do trabalhador”, registrou Patrick na ata da audiência. Segundo o procurador, os acontecimentos relatados por Edilson na reunião também apontam problemas sérios no funcionamento do INSS, que deveria agir como o principal gestor de seguridade social, de forma imparcial, para reduzir os riscos ambientais trabalhistas.
O procurador do Trabalho Patrick Maia Merísio considerou as informações graves e vai abrir investigação. “As denúncias do Sindicato revelam ofensas coletivas à saúde e à segurança do trabalhador”, registrou Patrick na ata da audiência. Segundo o procurador, os acontecimentos relatados por Edilson na reunião também apontam problemas sérios no funcionamento do INSS, que deveria agir como o principal gestor de seguridade social, de forma imparcial, para reduzir os riscos ambientais trabalhistas.