Em reunião com a direção do banco Itaú, o Grupo de Trabalho (GT) de Saúde denunciou práticas abusivas da empresa em relação aos trabalhadores adoecidos.
O banco enviou comunicado aos funcionários afirmando:
“Como parte das ações de cuidado e vigilância previstas no PCMSO e do nosso compromisso contínuo com o bem-estar e a saúde de nossos colaboradores, te convocamos para avaliação médica de capacidade laborativa […].“
Segundo o GT de Saúde, na prática, o que ocorre está distante de uma política de prevenção, já que o público-alvo das convocações são funcionários na ativa com B91, que já passaram por exame periódico ou de retorno; afastados por B91 (contrato suspenso); trabalhadores com requerimentos em análise; funcionários afastados por decisão judicial.
A representação dos empregados também denuncia que as perguntas feitas durante as avaliações invadem a vida pessoal dos bancários, há desrespeito aos prazos de validade de exames médicos, com exigência de exames ainda válidos, e até questionamentos sobre o uso de redes sociais. Nos casos de LER/DORT, o procedimento exige avaliação ortopédica online, em vez de presencial.
De acordo com a coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Itaú Valeska Pincovai, o banco não atua de fato em prevenção.
“Não emite CAT para quem adoece no trabalho; o trabalhador só se afasta com CAT emitida pelos sindicatos. Refutamos ainda a fala dos bancos de que as doenças psíquicas são multifatoriais, pois isso ignora as condições de trabalho a que os bancários são submetidos”, afirmou Pincovai.
Após a reunião, o baco informou que os trabalhadores licenciados foram convocados por erro e que não haverá aplicação de medidas disciplinares.
*Fonte: Contraf-CUT