Sem falar nos valores dos salários dos trabalhadores dentro do Programa de Função Gratificada, o banco se limitou a informar em qual padrão cada cargo se encaixará e as novas nomenclaturas.
A reunião ocorrida nesta quarta-feira, dia 2, em Brasília, entre a Contraf-CUT e Comissão Executiva de Empregados da Caixa Econômica Federal (CEE-Caixa) com os representantes da empresa terminou em frustração. Sem falar ainda nos valores dos salários dos trabalhadores dentro do Programa de Função Gratificada (PFG), o novo PCC a ser implantado, o banco se limitou a informar em qual padrão cada cargo se encaixará e as novas nomenclaturas dos mesmos.
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Segundo o coordenador da CEE-Caixa e diretor do Sindicato dos Bancários de Brasília, Jair Pedro, a Caixa trata esta questão com desleixo. “A Caixa não vem dando a devida importância ao tema. Os trabalhadores devem se mobilizar e reagir firmemente, se necessário, para alcançar conquistas”, protesta.
PFG só depois da alteração da jornada
A implantação do PFG só será realizada depois da redução da jornada de trabalho de 8 horas para 6 horas diárias, com redução proporcional dos salários dos cargos atingidos, conforme propõe a Caixa. A empresa afirma ainda que esta redução só pode acontecer por acordo coletivo.
Segundo o acordo aditivo já firmado neste ano, a implementação do PFG deveria acontecer, no máximo, no fim deste ano, mas a empresa já projeta que isto pode só ocorrer no 1º trimestre do ano que vem com efeito retroativo até a data da redução da jornada. Tentando colocar um problema que deve ser resolvido pela direção do banco no colo dos trabalhadores, os representantes da empresa afirmaram que “quanto mais rápido decidir a jornada, melhor para decidir o PFG”.
Ainda este mês deve ser apresentada uma proposta de regime de transição no que se refere à redução da jornada de trabalho.
Eleições em Cipas
Outras questões, contudo, foram abordadas. Um dos acertos firmados foi de que as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (Cipas) que ainda não estão sem direção a elegerão no ano que vem, provavelmente no mês de março. A eleição, que será feita por meio eletrônico, vai ser realizada em semanas diferentes nas regiões do país para evitar problemas técnicos.
A CEE-Caixa voltou a cobrar uma solução para os exaustores instalados nas bancadas de penhores. A comissão exigiu rápida solução, já que os modelos utilizados, segundo parecer técnico, “não servem nem como paliativos”. O banco continua prometendo resolver o problema, mas nada de concreto foi apresentado, apenas a intenção de contratar um novo laudo técnico.
Dias parados
Mais uma vez, os representantes dos trabalhadores tentaram solucionar o problema do desconto indevido de dias não trabalhados durante a greve de 2008 e, apesar de não fechar o acordo, a empresa demonstrou que pode aceitar substituir o desconto por compensação de horas. O banco ficou de dar uma resposta até a semana que vem.
Segundo os representantes do banco, esta seria a última oportunidade de acordo consensual e teria de ser acompanhada de desistência dos sindicatos nas disputas judiciais sobre o assunto.
Fonte: Fenae