Representantes dos trabalhadores e da direção do Banco do Brasil se reuniram, na manhã desta sexta-feira (19), para a quarta mesa de negociação específica da Campanha Nacional 2024 para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).
Logo no início do encontro, o banco apresentou o quadro atualizado da quantidade de horas negativas que os bancários precisam compensar até maio de 2025. Dos 5.497 trabalhadores com banco de horas negativo, 755 têm mais de 60 anos. A informação atendeu ao pedido do movimento sindical.
Diversidade e igualdade de oportunidades foram os temas principais do dia. O BB informou que, atualmente, existem 25.724 funcionários negros, o que representa 29,51% do quadro total do banco. Desses, 2.130 ocupam posições de liderança, correspondendo a 28,24% dos líderes.
O programa “Raça e Prioridade” foi outro destaque. Segundo o banco, são 150 pessoas em processo de aceleração para liderança. O BB também informou que os processos seletivos já existentes possuem uma cota racial.
Em relação às mulheres, o banco possui atualmente 35.681 mulheres em seu quadro funcional, representando 40,94% do total de funcionários. No entanto, apenas 26,79% dos líderes do banco são mulheres. Para aumentar a representatividade feminina em cargos de liderança, o banco apresentou programas com ações afirmativas direcionadas a mulheres.
A Comissão de Empresa dos Funcionários do Banco do Brasil (CEBB) reivindicou programas que incluam cotas nos concursos públicos para pessoas trans e mais ações afirmativas para pessoas com deficiência (PCDs).
Quanto ao assédio moral, o banco divulgou o crescimento dos números do canal de denúncias. Em 2022, 26,9% dos protocolos envolvendo conduta de cunho sexual resultaram em demissões por assédio sexual. Em 2023, esse percentual aumentou para 45,9%. Nos primeiros seis meses de 2024, 65% dos processos de cunho sexual já resultaram em demissões.
*Fonte: Contraf-CUT