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Mobilizações ganham força no 4º dia de greve

Publicado em Saldo Médio Sexta, 09 Outubro 2015 23:09

A greve nacional dos bancários chega no seu quarto dia com um crescimento na adesão dos trabalhadores do ramo financeiro de todo o Brasil. Nesta sexta-feira (09), as mobilizações foram ampliadas nos centros administrativos, onde há concentração de maior número de funcionários. No total 10.818 locais de trabalho paralisaram suas atividades. 

 

Sem uma proposta decente, que contemple reposição da inflação e aumento real, a greve segue forte nos 26 Estados da Federação e no Distrito Federal, com adesões das agências e centros administrativos de todo o País.

 

Em Niterói e região, todas as 246 agências permaneceram fechadas. A greve continua na próxima semana. Uma nova assembleia foi convocada pelo Sindicato para do dia 15 de outubro, às 18hs, no espaço assembleia que fica a Rua Evaristo da Veiga, 37 - Centro de Niterói, para uma nova avaliação do movimento. Caso haja alguma proposta dos banqueiros antes do dia 15, o Sindicato convocará assembleia em caráter extraordinário para análise da proposta.

 

Juros e lucros exorbitantes


Os bancos são os principais responsáveis pela greve. É um setor que tem todas as condições de contemplar seus trabalhadores com um reajuste digno, visto que lucrou R$ 36,3 bilhões somente no primeiro semestre deste ano. 

Segundo a pesquisa feita pela Fundação Procon, os juros do cheque especial atingiram em outubro média de 12,28% ao mês, a maior desde setembro de 1995. No mês anterior, a média estava em 11,9% a.m.

Confira as reivindicações dos bancários


Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)

 

PLR: 3 salários mais R$7.246,82 

 

Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último). Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

 

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

 

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

 

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

 

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

 

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários. 

 

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

 

Fonte: Imrpensa Seeb-Nit