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Sindicato paralisa agências do Santander nesta quinta-feira, 11

Publicado em Notícias Quarta, 10 Abril 2013 21:00
Agência de Icarái em Niterói, São Gonçalo e na Região dos Lagos não funcionam em protesto contra demissões e encerramento de um unidade do banco.
O Sindicato dos Bancários de Niterói e região realiza nesta quinta-feira, 11, paralisações de três agências do Santander em Icaraí (Niterói), São Gonçalo e na Região dos Lagos na cidade de Cabo Frio. O motivo protesto é o fechamento de uma unidade no centro de São Gonçalo e também as demissões imotivadas que o banco vem praticando nos últimos meses. O fechamento das agências objetiva mostrar à população as práticas contra o trabalhador que o Santander vem praticando após a incorporação do antigo Banco Real ABN. Diretores do Sindicato estão nas portas das agências orientando clientes e usuários. A agência fechada do Santander em São Gonçalo fica localizada em frente à Prefeitura da cidade. Muitos clientes conhecem como a antiga agência do Sudameris. O banco não justificou e, muito menos, deu explicações à população e aos funcionários sobre os reais motivos de acabar com o funcionamento da unidade. O local é de grande movimento e fácil acesso para a população. Em todo país dirigentes sindicais realizam atos contra o banco que se recusa a atender as solicitações das entidades sindicais. As negociações sobre as demissões já chegaram ao Ministério Público do Trabalho e também ao Ministério do Trabalho e Emprego, mas sem sucesso. Em dezembro de 2012 o Seeb-Niterói já havia paralisado uma agência do Santander para denunciar as demissões em massa praticadas pelo banco. No fim do mês de março de 2013, dirigentes sindicais de todo país denunciaram a falta de funcionários nas agências, lembrando o corte de 975 postos de trabalho. A falta de contingente suficiente tem provocado sobrecarga de trabalho. Esse descaso do banco só agrava as condições de trabalho, gerando estresse, síndrome do pânico, assédio moral e adoecimento de funcionários. Um gerente chegou a fechar a agência no horário de almoço por falta de funcionários. Os dirigentes sindicais defenderam mais contratações para garantir condições dignas de trabalho e preservar a saúde dos trabalhadores. Fim das metas para caixas Os representantes dos bancários voltaram a cobrar o fim das metas para os caixas. Não é função de caixa vender produtos e bater metas, mas sim prestar atendimento de qualidade aos clientes. O banco prometeu novamente elaborar um comunicado interno para a rede de agências, orientando que os caixas não podem ser avaliados pela venda de produtos. O documento será apresentado até o dia 19 de abril para as entidades sindicais. Fim das reuniões diárias de cobrança de metas As reuniões diárias continuam dando dor de cabeça nas agências. Os encontros que, segundo o banco, deveriam ter o objetivo de planejar e organizar a rotina de trabalho, foram deturpados e hoje viraram oportunidade para a prática de assédio moral e a pressão para a venda de produtos. Esta reunião deveria ser de natureza motivacional, mas o que se vê é que ela acaba desmotivando os funcionários. O banco se limitou a dizer que não abre mão de metas desafiadoras, que os exageros de gestores têm sido apurados e que a forma de cobrança deve ser aprimorada. Mudança na gestão "Esse modelo de falta de funcionários, metas abusivas, cobranças diárias de resultados, assédio moral desmotivação e adoecimento, somado aos boatos de venda do banco, está gerando caos nas agências e prejudica a imagem junto aos clientes", alertou o diretor da Contraf-CUT. Ademir defendeu mudança na gestão do banco. "Queremos que o Santander respeite o Brasil e os brasileiros. Esse é o caminho para crescer", ressalta. Banco do juntos ou banco de alguns? O Santander frustrou a expectativa dos dirigentes sindicais ao negar a extensão de um dia de folga no aniversário para todos os funcionários. No Rio de Janeiro, uma superintendência regional divulgou amplamente o benefício, que pode ser inclusive usufruído na sexta ou segunda-feira quando o dia natalício cai em fim de semana ou feriado. O banco reconheceu que o "day off" já existe em agências e áreas administrativas, como no Rio e parte do Nordeste, mas disse que cada gestor tem autonomia para concedê-lo ou não e definir a forma de gozo. Os representantes dos trabalhadores protestaram. "Com essa tremenda injustiça e discriminação, o Santander está rasgando a propaganda do banco do juntos, pois o que se observa é o banco de alguns", disparou Ademir. "Queremos respeito e igualdade de tratamento para todos, pois cada funcionário contribui para os resultados do banco", defendeu. Prospecção de contas universitárias Os dirigentes sindicais cobraram a proibição de abertura e prospecção de conta universitária fora da jornada e do local de trabalho. O banco disse que orientará para que na próxima campanha, a ser realizada em agosto, sejam cumpridas regras como não obrigatoriedade, intervalo intrajornada, limite de duas horas diárias e pagamento das horas extras. O trabalho será feito somente por funcionários, vedado para estagiários e aprendizes. Desvio de funções Os dirigentes sindicais reiteraram que diante da carência de pessoal virou habitualidade o desvio e a substituição cotidiana de funções nas agências, envolvendo caixas, coordenadores e gerentes de atendimento e de negócios, como forma de reduzir custos e aumentar os lucros do banco. "Esse comportamento é resultado da falta de condições de trabalho que os funcionários estão enfrentando. Falta bancário. É necessário que o quadro funcional seja maior, portanto, o banco deve contratar ao invés de tentar medidas paliativas", ressalta Maria Rosani. Fim das metas para estagiários e jovens aprendizes Outro grave problema denunciado mais uma vez foi a cobrança de metas para estagiários e jovens aprendizes. "Eles estão vendendo produtos em agências, o que não é permitido por lei. A direção do banco deve reorientar os gestores, que só podem desconhecer a legislação para agir de tal forma", aponta Maria Rosani. Mais segurança A diretora da Fetrafi-Nordeste, Teresa Souza, denunciou ainda que a fachada da agência Rio Formoso, no interior de Pernambuco, está com os vidros quebrados, após ter sido atingida por um tiro durante assalto na cidade. "Falta segurança para trabalhar", apontou. Ela cobrou providências urgentes do banco. 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