Como mais uma mostra de que não tem o mínimo respeito pelos funcionários, independemente do cargo que ocupem, o Itaú vem perseguindo o Gerente de Suporte Operacional de Agências (GSOA), Jorge Luís Ribeiro Beirão da Silva. Há 29 anos no banco (originário do Unibanco), o gestor adoeceu em função do estresse elevado por conta das reformas durante a migração das agências do Unibanco para o Itaú. Apesar de ter passado a fazer tratamento psicológico e psiquiátrico em 2011, foi covardemente demitido em 10 de janeiro 2012. Como ficou doente em consequência do trabalho, a Justiça considerou a demissão nula, reintegrando-o em 26 de março de 2012. Mas o mais grave ainda estava por vir. Após entrar de licença pelo INSS em 10 de janeiro, Jorge teve alta em 31 de julho de 2012. Se apresentou ao banco em 2 de agosto para saber se deveria voltar ao trabalho ou aguardar a resposta do Instituto ao pedido de reconsideração que fizera por discordar da alta médica. Foi maltratado pela médica do banco que fez o exame de retorno, sem sequer olhar exames e laudos. De volta ao Itaú, com estabilidade provisória de um ano, em função de ter adoecido em função do trabalho, em vez de retornar ao prédio da Cancela, em São Cristóvão, onde ficam todos os GSOAS foi transferido para uma agência em Bonsucesso. E, sem qualquer função, colocado num cubículo de aproximadamente 1,5m X 4,5m, na verdade, um corredor, ao lado dos banheiros, com duas mesas pequenas, sem telefone, microcomputador ou aparelho de ar-condicionado. Cinismo do Itaú O Jornal Bancário ouviu o gestor. Jorge disse se sentir discriminado, desrespeitado. “Me sinto muito mal, porque, na verdade, depois de tantos anos de dedicação, o Itaú não me valorizou nem como pessoa, nem como profissional, colocando-me à margem dos demais funcionários”, lamentou. No seu retorno, mudaram o seu cargo de GSOA para Gerente de Suporte de Atendimento Centralizado. Quando questionou por que não ficaria no mesmo lugar dos demais GSOAs cinicamente foi lhe dito que era necessário estar na linha de frente (agências) e que isto ocorreria também com os demais gerentes de suporte de agências, o que, obviamente, não se confirmou. A perseguição continuou. Os pedidos para ocupar vaga na Superintendência de Operações Rio I (SOP Rio I) foram negados, sob o argumento de que tinha sido preenchida, embora não tenha sido ocupada até hoje. Em 11 de outubro, encaminhou outro pedido, para uma vaga na SOP Rio II. Ficou sem resposta. Além do assédio pelo isolamento, os valores do PCR e PR foram creditados a menor em sua conta. Além disto, não foram feitos alguns reembolsos médicos relativos ao tratamento psicoterápico. Negociação sobre assédio Em visita a agências de Bonsucesso, a vice-presidente do Sindicato, Adriana Nalesso, tomou conhecimento do caso. Condenou não apenas esta, mas tantas outras ocorrências de assédio. Disse que, na negociação com o Itaú sobre o tema, marcada para esta terça-feira, a situação de Jorge será tratada. “O Sindicato exigirá o fim de perseguições de todo o tipo. É inadmissível que bancários sejam tratados de forma desrespeitosa e muitas vezes desumana”, afirmou. Argumentou que se o banco faz isso com alguém hierarquicamente superior, o que estará fazendo com os subordinados. “Pedimos aos bancários que denunciem casos de assédio moral ao Sindicato e no site da entidade (www.bancariosrio.org.br)”, solicitou. Os báncários da atendidos pela base do Sindicato de Niterói podem também fazer a denúncia através do site de forma anônima pelo endereço www.bancariosnit.org.br pelo link Assédio Moral. Fonte: Bancários Rio Foto: Gerente operacional é isolado em cubículo em Bonsucesso, sem função ou infraestrutura Follow @bancariosnit > Curta a amizade do Sindicato no Facebook. > Acompanhe as notícias em tempo real no Twitter. > Comunique-se com o Sindicato no Orkut. > Assista a vídeos dos bancários no Youtube. > Veja fotos sobre os bancários no Picasa. > Receba as notícias sobre os bancários no celular.