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Dia de Luta no Santander: 20 de janeiro

Publicado em Notícias Quarta, 13 Janeiro 2010 22:00
Objetivo é reforçar a mobilização para que o Santander retome as negociações e apresente uma proposta digna para o aditivo à convenção coletiva de trabalho e o acordo do PPR.
A ampliação e fortalecimento da jornada, iniciada no dia 28 de dezembro, e a realização de um dia nacional de luta na próxima quarta-feira, dia 20 de janeiro, foram as principais decisões da plenária nacional de dirigentes sindicais do Santander e Real, realizada pela Contraf-CUT na terça-feira, dia 12, em São Paulo (foto). O objetivo é reforçar a mobilização para que o Santander retome as negociações e apresente uma proposta digna para o aditivo à convenção coletiva de trabalho e o acordo do Programa de Participação nos Resultados (PPR). > Receba as notícias sobre os bancários no celular. > Acompanhe as notícias do Sindicato no Twitter. > Comunique-se com o Sindicato no Orkut. > Assista a vídeos dos bancários no Youtube. > Veja fotos sobre os bancários no Picasa. Participaram mais de 60 dirigentes sindicais de todas as regiões do país, oriundos de diversos sindicatos e federações. Também compareceu um representante da Contec.Todos se manifestaram indignados com a proposta de PPR do banco, cobraram melhorias no aditivo e prometeram aumentar a pressão sobre o Santander. "Vamos intensificar o processo de mobilização em todo país, levando o jornal para os bancários que ainda não receberam. Além disso, vamos fazer crescer as manifestações e protestos, pois, com os lucros que vem acumulando, o Santander possui todas as condições financeiras para melhorar a proposta de aditivo e pagar um PPR justo", afirmou o secretário de imprensa da Contraf-CUT, Ademir Wiederkehr. Na plenária, o Dieese fez uma apresentação, mostrando dados sobre as isenções tributárias do banco, em função da assinatura de acordos com as entidades sindicais envolvendo participação nos lucros e resultados. Os dirigentes sindicais exigem do banco um critério para o pagamento de PPR e decidiram pela continuidade da jornada. A proposta do Santander é firmar um acordo por dois anos, pagando R$ 1 mil de PPR, em fevereiro de 2010, e outros R$ 1 mil corrigidos pelo índice de reajuste a ser conquistado na campanha salarial deste ano, em fevereiro de 2011. Isso é inaceitável! Enquanto isso, o banco aprovou na assembleia dos acionistas de 2009 o valor de R$ 223,8 milhões para remunerar seus 26 diretores executivos, o que significa uma média de R$ 8,26 milhões para cada um. "Pagando mais de R$ 8 milhões a cada diretor executivo, o valor que sobra para os bancários não é ilegal, já que não existe nenhuma lei que restrinja a remuneração dos executivos. Mas essa distribuição tão desigual é, sem dúvida, imoral", reiterou o diretor da Federação dos Bancários do RJ-ES, Paulo Garcez. "Não podemos admitir um valor aleatório para o pagamento de PPR, quando o Santander paga milhões para seus diretores executivos e patrocina Fórmula 1 e Copa Libertadores. Vamos continuar com a mobilização até que o Santander atenda nossas reivindicações", disse a diretora do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Rita Berlofa. Aditivo tem avanços e pendências Já a proposta de aditivo também por dois anos à convenção coletiva contém avanços, como a manutenção dos incentivos à aposentadoria até 31 de agosto de 2010, a conquista da licença sem vencimentos de 30 dias e a extensão do prêmio de dois salários para os funcionários do Santander que completaram 25 anos de casa antes de 1º de janeiro de 2009. Mas há várias pendências, como a garantia de emprego durante o processo de fusão, o termo de compromisso para manutenção do patrocínio do HolandaPrevi e Bandeprev, a criação de um grupo de trabalho para discutir o processo eleitoral do HolandaPrevi e Sanprev, a unificação do valor do auxílio-academia e a extensão de direitos dos bancários da Espanha. Fonte: Contraf-CUT Foto: Junior Barreto/Contraf-CUT