O não-cumprimento das leis de segurança fez com que os bancos levassem multas de R$ 15,540 milhões em 2009, na Comissão Consultiva para Assuntos de Segurança Privada (CCASP), coordenada pela Polícia Federal (PF). As penalidades foram aplicadas durante as seis reuniões ocorridas no ano passado, em Brasília. A falta de investimento dos bancos em segurança gera problemas como o sequestro do tesoureiro do HSBC Alcântara (leia a reportagem aqui). Entre as principais irregularidades cometidas pelos bancos, estiveram o funcionamento das agências com plano de segurança vencido, número insuficiente de vigilantes, utilização de bancários para fazer transporte de valores e alarme inoperante. Veja o ranking dos campeões em multas: 1) Banco do Brasil: R$ 3,156 milhões 2) Santander: R$ 2,518 milhões 3) Caixa Econômica Federal: R$ 2,496 milhões 4) HSBC: R$ 2,261 milhões 5) Itaú-Unibanco: R$ 2,162 milhões 6) Bradesco: R$ 1,369 milhão > Receba as notícias sobre os bancários no celular. > Acompanhe as notícias do Sindicato no Twitter. > Comunique-se com o Sindicato no Orkut. > Assista a vídeos dos bancários no Youtube. > Veja fotos sobre os bancários no Picasa. "Essas multas revelam a falta de responsabilidade social dos bancos", afirma o secretário de imprensa da Contraf-CUT e coordenador do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Ademir Wiederkehr. "Apesar dos lucros astronômicos, que não foram impactados pela crise mundial, os bancos seguem agindo com descaso na proteção à vida dos trabalhadores e clientes, descumprindo as leis de segurança e não priorizando investimentos para eliminar riscos e prevenir assaltos", destaca. Comissão tem governo, patrões e trabalhadores A CCASP é um fórum tripartite. Conta com representantes do governo e entidades dos patrões e dos trabalhadores e se reúne, em média, a cada dois meses para julgar os processos abertos pela fiscalização das delegacias estaduais da Polícia Federal. A Contraf-CUT representa os bancários e atua em conjunto com o Coletivo Nacional de Segurança Bancária, integrado por dirigentes das federações, e em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV).