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Premissas para negociações no BB

Publicado em Notícias Quarta, 16 Dezembro 2009 22:00
Marcelo Quaresma representou os bancários de Niterói e Região na plenária nacional em São Paulo, dia 15. Foram aprovadas as premissas para as negociações das mesas temáticas.
A plenária nacional dos dirigentes sindicais do Banco do Brasil realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) nesta terça-feira, 15, em São Paulo, aprovou as premissas para as negociações das mesas temáticas que serão instaladas em 2010 (PCCS, previdência e terceirização) e para a retomada das discussões sobre saúde e condições de trabalho. Marcelo Quaresma, de Niterói e Região, e outros 120 dirigentes sindicais de todo o país participaram da plenária, realizada na sede da Contraf-CUT. As propostas defendidas por Quaresma foram definidas dia 2 na Federação dos Bancários dos Estados do Rio e Espírito Santo (foto). > Receba as notícias sobre os bancários no celular. > Acompanhe as notícias do Sindicato no Twitter. > Comunique-se com o Sindicato no Orkut. > Assista a vídeos dos bancários no Youtube. > Veja fotos sobre os bancários no Picasa. "O debate foi muito rico porque todas as federações e sindicatos trouxeram contribuições importantes que ajudaram a definir os princípios que nortearão nossas propostas nas mesas temáticas", afirma Marcel Barros, secretário-geral da Contraf-CUT e coordenador da Comissão de Empresa dos Funcionários do BB. "Vamos agora ampliar essa discussão democrática com a categoria e iniciar a mobilização para pressionar o banco durante o processo de negociações." As premissas aprovadas pela plenária dos dirigentes sindicais do BB são as seguintes: PCCS * Eliminar a coexistência de várias categorias de funcionários. * Estabelecer um piso salarial digno (com referência no salário mínimo do Dieese, hoje equivalente a R$ 2.139,06). * Valorizar a antiguidade e a experiência no cargo e na função (interstício no PCS e no PCC). * Valorizar o mérito por meio da incorporação do valor das comissões. A cada ano incorporar um percentual da comissão na remuneração do trabalhador. * Adotar a jornada de 6 horas para todos, sem redução de salários. * Excluir da alçada dos gestores imediatos a decisão sobre comissionamentos e descomissionamentos. * Elaborar regras claras de encarreiramento e adotar mecanismos para assegurar o seu cumprimento (regras objetivas para seleções internas). * Criar regras claras sobre a progressão funcional horizontal (lateral, na mesma função) e vertical, mediante valorização da maturidade e da qualificação profissional. * Adotar modelos quantitativos para analisar, avaliar e classificar os cargos comissionados, ou seja, definir os fatores de avaliação de cargos comissionados e classificar os cargos em classes com faixas salariais. * Adotar modelo padrão de descrição de cargos com responsabilidades, pré-requisitos, experiência, formação etc. * Adotar metodologia quantitativa para estabelecer os VRs. * Não criar obrigação de migração de planos. * Criar tabela única de PCS. * Incorporar anuênio e gratificação semestral. * Mobilizar os funcionários com atividades e paralisações nos dias 20 de cada mês e nas datas de rodadas de mesas temáticas. * Buscar a isonomia. * Instituir políticas afirmativas nos processos de seleção interna. * Estabelecer valorização do dirigente sindical no PCCS. Previdência Plano 1 * Retomar a negociação do superávit verificado no Plano 1 da Previ. * Defender a universalidade e igualdade na distribuição dos benefícios. Previ Futuro * Definir uma forma que permita a mais funcionários retornar ao plano com a facilitação do "pagamento da jóia". * Estabelecer a Revisão da Parcela Previ. * Discutir o resgate das contribuições do patrocinador. * Cobrar que os planos dos bancos incorporados sejam migrados para a administração da Previ. * Criar a opção da portabilidade para o Previ Futuro. * Reivindicar que os colegas que migraram para a carreira do BB e não possuem plano de previdência possam ingressar diretamente no Previ Futuro. Saúde e condições de trabalho * Exigir a implantação dos Comitês de Ética para combate ao assédio moral. * Participar do processo de implantação dos Comitês de Ética. * Acompanhar a reimplantação dos SESMT. * Retornar o debate do PCMSO e dos exames periódicos. * Discutir o ATB (acordo de trabalho) e os modelos de "superação" em mesa temática especifica. * O banco deve adotar um novo processo de reforma das agências (ex: aluguel de outro local). * Privilegiar o processo de prevenção. * Verificar os efeitos do GAT (gerenciador de atendimento) no processo de adoecimento dos funcionários de atendimento das agências. * Cobrar a revisão/implantação das dotações em todas as agências e debate sobre o BB 2.0. * Fazer uma pesquisa nas bases dos sindicatos para denunciar a sobrecarga de trabalho. *Cobrar do banco que se verifique a existência de denuncias na ouvidoria antes de efetivar nomeações de administradores. * Criar com urgência o convênio de reciprocidade da Cassi para os funcionários egressos do Besc e do BEP, e discutir a possibilidade de adesão à Caixa de Assistência de todos os bancários de bancos incorporados. * Debater o papel da Gepes no processo de gestão de pessoas sem avalizar as ações de administradores, especialmente no que tange ao assédio moral e descomissionamento de funcionários por suposto não cumprimento de metas. * Criar equipe de apoio do Comitê Ética (psicólogos etc.). * Cobrar a revisão dos normativos relativos aos processos administrativos. *Denunciar o corte de despesas de treinamento. *Cobrar a implantação do Plano Odontológico no prazo acordado. * Discutir o processo de retorno ao trabalho de adoecidos e vítimas de assalto e sequestro e exigir a emissão da CAT para todos trabalhadores envolvidos. * Denunciar a conivência da Cassi com o BB, nos Estados onde isso ocorre, no que se refere à não emissão das CATs em inúmeros casos de acidentes do trabalho e no diagnóstico de doenças do trabalho (LER, doenças psicossomáticas causadas por assédio moral). *Denunciar a situação dos colegas lotados em dependências do interior que não têm rede credenciada e acabam tendo custos adicionais (abono, viagem etc.) para cumprir uma obrigação do banco, que é o exame periódico. * Resgatar o Programa de Prevenção de Acidentes de Trabalho, produzido em 2003. Terceirização * "Quem trabalha em banco, bancário é". Definir o que são serviços de apoio (vigilância, asseio e conservação, telefonia e ascensoria). * Debater a instituição de um "fundo garantidor", nos moldes propostos pelo Ministério do Planejamento, como forma de proteger os trabalhadores no caso de insolvência das empresas. * Solicitar ao banco a relação de todas as empresas contratadas para prestação de serviços e a informação sobre em qual área as mesmas atuam. * Fim dos correspondentes bancários. * Contratar acordo para trabalhadores das coligadas e das controladas e subsidiárias. * Ação conjunta dos sindicatos e centrais sindicais para combater a terceirização. * Apoiar projeto de lei apresentada pelo deputado Vicentinho no Congresso Nacional que proíbe a terceirização em atividades-fim. Fonte: Contraf-CUT