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Comando rejeita os 4,5% dos banqueiros

Publicado em Notícias Quarta, 16 Setembro 2009 21:00
Orientação é greve a partir de quinta-feira, dia 24, caso os banqueiros não apresentem proposta melhor.
Os banqueiros finalmente fizeram uma proposta de rajuste, mas ela não dá aumento real e apenas repõe a inflação: 4,5% de aumento. A proposta foi imediatamente rejeitada pelo Comando Nacional dos Bancários, ainda na mesa de negociação desta quinta-feira, 17 de setembro. O Comando orienta greve por tempo indeterminado a partir de quinta-feira, dia 24, caso os banqueiros não apresentem proposta melhor. Até o dia 23 haverá assembleias em todo o País. > Acompanhe as notícias da campanha no Twitter. > Comunique-se com o Sindicato no Orkut. > Assista a vídeos dos bancários no Youtube. > Veja fotos da campanha no Picasa. Nesta sexta-feira, 18 de setembro, acontece negociação específica do Banco do Brasil. Terça-feira, dia 22, é a vez da Caixa Econômica. > Leia também: Paralisações em Itaboraí e Venda das Pedras. PLR menor para a maioria Para a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), os banqueiros ofereceram 1,5 salário + R$ 966 (fixos) e 4% do lucro líquido de cada banco, distribuídos linearmente (igual para todos). Embora essa proposta seja um modelo novo, mais simples, ainda assim representa valores menores para a maioria dos bancários, em razão da queda nos lucros de alguns bancos. A minuta de reivindicações entregue aos banqueiros dia 10 de agosto exige aumento real de salários, PLR maior, valorização dos pisos e respeito aos emprego. Redução do auxílio-creche Os bancos também negaram auxílio-educação e querem reduzir o auxílio-creche/babá de 83 para 71 meses. Já os 4,5% incidiriam, além dos salários, sobre tíquete-refeição, auxílio-alimentação e outros direitos como auxílio-creche e pisos. Na proposta há apenas dois avanços: ampliação da licença-maternidade de 180 dias e isonomia de tratamento para homoafetivos, com a possibilidade de incluir parceiros do mesmo sexo nos planos de saúde. Os bancos também prometeram o agendamento de reuniões das comissões bipartites de saúde e de segurança. Bancários querem nova negociação O Comando Nacional dos Bancários enviará documento à Fenaban fundamentando todos os problemas contidos na proposta apresentada aos trabalhadores. Os dirigentes sindicais solicitarão ainda que seja marcada nova negociação até quarta-feira, 23 de setembro, para que os representantes das instituições financeiras apresentem nova proposta contemplando as reivindicações da categoria. A proposta da Fenaban: > Reajuste: 4,5%. > PLR: a) Parcela em número de salários: 1,5 salário reajustado limitado ao valor individual de R$ 10.000 e limitado a 4% do lucro líquido de 2009, o que ocorrer primeiro; b) Parcela linear: 1,5% do lucro líquido, distribuído linearmente, limitado ao valor individual de R$ 1.500,00. > Condições: Os bancos que tiverem prejuízo em 2009 não pagarão PLR. O valor poderá ser compensado dos planos próprios de participação em lucros ou resultados. > Pisos: Portaria R$ 673,71; Escritório: R$ 966,20; Caixa: R$ 1.252,03. > Salário após 90 dias: Portaria R$ 738,00; Escritório R$ 1.059,25; Caixa R$ 1.1.80,24. > Anuênio: R$ 16,35. > Gratificação de compensador de cheques: R$ 93,13. > Auxílio refeição: R$ 16,63. > Auxílio cesta-alimentação: R$ 285,21. > 13ª cesta-alimentação: R$ 285,21. > Auxílio-creche/babá: R$ 285,00 (até 71 meses). > Auxílio-funeral: R$ 549,89. > Ajuda de deslocamento noturno: R$ 57,39. Indenização por morte ou incapacidade decorrente de assalto: R$ 81.998,61. Requalificação profissional: R$ 819,52. As principais reivindicações dos bancários: > Reajuste salarial de 10% (reposição da inflação mais aumento real). > Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 3.850. > Valorização dos pisos: Portaria R$ 1.432; Escriturário: R$ 2.047; Caixa: R$ 2.763,45; Primeiro comissionado: R$ 3.477,00; Primeiro gerente: R$4. 605,73. > Auxílio-refeição: R$ 19,25. > Cesta-alimentação: R$ 465,00 (um salário mínimo). > 13ª cesta-alimentação: R$ 465,00. > Auxílio-creche/babá: R$ 465,00. > Fim das metas abusivas e do assédio moral. > Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) em todos os bancos, negociado com as entidades sindicais. > Contratação da remuneração total, inclusive a parte variável, com a incorporação dos valores aos salários e reflexo em todos os direitos (13º, férias e aposentadoria) - com o objetivo de acabar com as metas abusivas. > Garantia de emprego, fim das terceirizações, mais contratações e aplicação da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que inibe demissões imotivadas. > Segurança contra assaltos e sequestros, com a retomada imediata da Comissão de Segurança Bancária, proibição ao transporte de valores pelos bancários e adicional de risco de vida. > Auxílio-educação para todos. > Ampliação da licença-maternidade para seis meses. > Planos de previdência complementar para todos os bancários. Foto: Jailton Garcia/Seeb SP