Seis caixas automáticos do Real e do Itaú que funcionam em postos de atendimento na Secretaria de Saúde de Itaboraí foram roubados na madrugada desta quinta-feira, dia 21. Pelo menos 10 homens armados renderam três operários que pintavam o Real e dois guardas municipais que faziam a segurança do local. Nenhum bancário estava no momento do crime, mas os sindicalistas Miro Baptista, Júlio Pessoa, Osvaldo Gualberto e Paulo Celso (foto) foram às unidades assaltadas para assegurar que ninguém seria obrigado a trabalhar num ambiente sem condições de funcionamento. Bandidos fugiram pelo batalhão da PM As máquinas do Itaú ficavam em frente à agência do Real, mas ao ar livre. Os bandidos usaram maçaricos para abrir as máquinas - três de cada banco - exatamente onde ficam os cassetes com o dinheiro. Eles fugiram por volta das 4h30 pelos fundos do prédio, que dão para o 35º Batalhão de Polícia Militar (Itaboraí). As vítimas foram até o batalhão para denunciar o crime. Quando o Sindicato chegou ao local, havia equipes de jornal e TV fazendo reportagens. As investigações para apurar o roubo estão sendo realizadas pela 71ª DP (Itaboraí). Somente com a chegada dos funcionários da secretaria é que se saberá quanto os bandidos levaram. Técnicos da Perícia Criminal foram chamados para realizarem os exames periciais. O local onde estavam os caixas eletrônicos está interditado. Veja reportagem do RJ-TV sobre o crime Bancários e vigilantes se reúnem com ministro Tarso e cobram segurança Justamente na véspera do crime de Itaboraí, a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT) e a Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes (CNTV) se reuniram com o ministro da Justiça, Tarso Genro, em Brasília, para cobrar a revogação imediata da mensagem da Polícia Federal que flexibiliza a vigilância nas agências e postos. A medida, baixada no último dia 15 de abril, fragiliza ainda mais a segurança e aumenta o risco a que já estão expostos bancários, vigilantes e clientes. Tarso afirmou que não tinha conhecimento da nova orientação da PF e ficou de verificar o caso para depois se manifestar. A nova mensagem da Polícia Federal possibilita que as agências fiquem com apenas um vigilante durante o horário de almoço. Dessa forma, presta um serviço para os assaltantes, revelando os horários em que os bancos estão com apenas um vigilante e, assim, menos seguros. Soma-se a isso a fragilidade da segurança pública, principalmente no interior, e temos aí um quadro perigoso e explosivo, colocando-se na contramão da proteção da vida de bancários, vigilantes e clientes.