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Paralisação quebra intransigência

Publicado em Notícias Terça, 12 Maio 2009 21:00
Com apenas 40 minutos de paralisação, o Sindicato conseguiu quebrar a intransigência do Bradesco em relação à demissão irregular de Sandra Andréia Monteiro (foto).
Com apenas 40 minutos de paralisação na agência Gavião Peixoto, o Sindicato conseguiu quebrar a intransigência do Bradesco em relação à demissão irregular de Sandra Andréia de Almeida Santos Monteiro. Por telefone, a direção do banco, em São Paulo, aceitou negociar e dar uma resposta até as 11h desta quinta-feira, dia 14, sobre a demissão que contraria decisão da Justiça. A manifestação do Sindicato teve banda de música, faixas, cartazes e distribuição de cachorro-quente aos clientes, simbolizando a cachorrada que o banco vinha fazendo. "Ninguém gosta de greve – nem os clientes, nem os bancários, nem o Sindicato –, mas infelizmente essa é a única linguagem que o banco entende", disse a sindicalista Haidée Rosa, diretora do Departamento Jurídico e funcionária do Bradesco. Sandra é gerente de relacionamento prime e foi demitida em abril, com 17 anos de dedicação ao banco, exatamente dois meses depois de voltar de licença médica. Dois meses são o tempo de estabilidade para quem volta de afastamento por auxílio-doença (código 31), mas em setembro de 2008, por decisdão da Justiça, a licença de Sandra foi transformada em acidente de trabalho (código 91), que garante um ano de estabilidade após o retorno. Médico contraria laudos sob determinação do banco "O pior é o constrangimento que o banco impõe", lamenta Sandra, que faz tratamento médico e sessões de fisioterapia devido a diversas doenças adquiridas no trabalho: tenossinovite, tendinite, epicondilite e síndrome de túnel do carpo. Com algum tempo de trabalho, ela começou a sentir dores no ombro, cotovelos, punhos e polegar. Tem laudos médicos que constatam todos esses problemas de saúde, mas, quando fez o exame de reintegração, o médico contratato pelo Bradesco ignorou o que via, devido a determinação da coordenadora de saúde do banco, em São Paulo. No mesmo dia da manifestação, Sandra foi ao INSS fazer perícia médica, mas não conseguiu porque o banco havia se negado a assinar o documento. "Eles estão descumprindo ordem judicial", denuncia Sandra, que após a demissão irregular ficou sem salário e sem plano de saúde para fazer as sessões de fisioterapia que aliviam as dores.