Em defesa dos clientes, o Sindicato paralisou até as 11h desta quarta-feira, dia 10, duas agências do HSBC em Niterói, que têm tratamentos totalmente diferenciados para pobres e para ricos. A agência Praia de Icaraí, que é classificada como Premier, tem cafezinho, água gelada, acesso à Internet, sala de negócios e outras mordomias. Foi recentemente reformada, com gastos na faixa de R$ 1 milhão, e os caixas que lá trabalham precisam ter domínio da língua inglesa. A agência Fonseca nem caixa tem. Só máquinas de auto-atendimento e gerentes da área comercial. Mesmo assim, quem precisa pagar conta é mandado ir procurar a loja da financiadora Losango, que divide o espaço. A apertada agência é classificada como loja de negócios e direciona seu atendimento a trabalhadores que, em geral, são comerciários. Eles precisam encarar filas cada vez mais gigantescas, apesar dos juros extorsivos e das abusivas tarifas cobradas pelo HSBC. Natal de demissões do HSBC A atividade faz parte do Dia Internacional de Lutas no HSBC e também teve o objetivo de barrar o projeto do banco iniciado em novembro, que inclui demissão de bancários pouco antes do Natal. Foram quatro demissões em um só dia em Niterói e cerca de 100 no Rio de Janeiro. As dispensas no fim do ano, que já estão virando a tradição do Papai Noel do Mal do HSBC, significam mais uma quebra de palavra do banco, que tem lucros exorbitantes devido ao bom trabalho dos bancários e afirmou seguidas vezes em negociação que não ocorreria demissão em massa. O Sindicato exige: - Respeito a todos os clientes, independentemente do dinheiro que possuem; - Fim das filas e melhoria no atendimento aos clientes; - Fim do projeto de transformação de agências em lojas de negócios (HSBC+Losango); - Valorização dos funcionários; - Fim imediato das demissões; - Contratação de mais bancários nas agências; - Cumprimento da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que inibe demissões imotivadas.