O Comando Nacional dos Bancários assinou nesta quinta-feira, dia 30, a Convenção Coletiva com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e os acordos aditivos com o Banco do Brasil e com a Caixa Econômica Federal, que garante reajuste de 10% para quem ganha até R$ 2.500 e 8,15% para as demais faixas, além de uma Participação nos Lucros e Resultados (PLR) superior à do ano passado. As diferenças nos salários e nas verbas relativas aos meses de setembro e outubro (vales-refeição, alimentação e auxílio-creche/babá) serão creditadas no pagamento de novembro. Nos bancos privados, o crédito da primeira parcela da regra básica da PLR – que corresponde a 45% do salário mais um valor fixo de R$ 483, limitado a R$ 3.150,50 –, deve ocorrer até o dia 10 de novembro. O valor a ser pago aos trabalhadores – acima da regra básica e sem descontos dos programas de participação – será calculado levando-se em conta a variação do lucro líquido do primeiro semestre de 2007 em relação ao primeiro semestre de 2008 de cada instituição financeira. Na PLR conquistada neste ano, o percentual do salário foi elevado de 80% para 90% e o valor fixo subiu para R$ 966. Pela regra, os bancos têm de destinar no mínimo 5% e no máximo 15% do lucro líquido para a distribuição. Quando a distribuição não atingir os 5%, o pagamento deve ser majorado até chegar a 2,2 salários (até o ano passado o teto era de 2 salários), limitado a R$ 13.862. O total do adicional à PLR é de até R$ 1.980, com antecipação de até R$ 990 no primeiro semestre. Os créditos da segunda parcela da PLR e do adicional ocorrem em março de 2009, de acordo com os balanços anuais dos lucros das empresas. BB e Caixa pagam PLR no dia seguinte à assinatura do acordo No BB e da Caixa, a primeira parcela da PLR será depositada ainda nesta sexta-feira, dia 31, junto com as diferenças salariais de setembro e outubro (16,3% ou 20%), conforme o Tribuna Bancária On-Line antecipou. No caso do BB, será creditado ainda o Abono 200 Anos (R$ 1.300). Os aditivos dos bancos públicos à Convenção Coletiva, com as questões específicas, foram assinados depois de alguns impasses em relação à redação final HSBC abona os dias de greve Quanto à obrigatoriedade de compensação dos dias parados, os representantes sindicais estão entrando em contato com as direções dos demais bancos com intuito multiplicar a decisão da anistia tomada pelo HSBC. Em circular emitida terça-feira, dia 28, o HSBC informou que seus funcionários não precisarão compensar os referidos dias no prazo compreendido entre a assinatura da Convenção Coletiva e 15 de dezembo, conforme proposta aprovada nas assembléias que suspenderam a greve nacional de 15 dias da categoria bancária. Consolidação da unidade dos bancários A assinatura da Convenção Coletiva conclui uma campanha que entra para a história das lutas da categoria como a consolidação da unidade nacional, modelo de organização que se mostra cada vez mais acertado. Os trabalhadores conseguiram arrancar dos banqueiros uma proposta que contemplou diversos pontos da minuta de reivindicações aprovada na Conferência Nacional dos Bancários: ganho real para todos os bancários, aumento maior para o piso e os menores salários e mudança na regra da PLR que possibilitou maiores ganhos para os trabalhadores.