Bancários de Niterói e Região dão força à greve com unidade nas manifestações e na paralisação, que já completa 14 dias. Os bancos tentam enfraquecer os trabalhadores com interdito proibitório, mas os advogados do Sindicato, com base na Ação Civil Pública obtida pela Federação dos Bancários RJ-ES, tem garantido o direito de greve. Hoje foi a vez de o Unibanco tentar a manobra jurídica na agência Centro Niterói, sem sucesso, diante de contestação de advogados do Sindicato (foto parte de cima) e de apitaço dos bancários (foto parte de baixo). Também houve tentativa de interdito no Real do Rink, com auxílio de força policial. A assembléia desta terça-feira acontece às 18h na Rua Marechal Deodoro, 74, Centro de Niterói, quando serão dados informes sobre a negociação, sobre a batalha jurídica e sobre as condições da greve nos 13 municípios que compõem a base do Sindicato de Niterói e Região e em todo o Brasil. É fundamental que todos compareçam, pois as assembléias lotadas impõem respeito e mostram a união da categoria nas suas decisões. Nos últimos dias mais de 300 bancários têm comparecido às assembléias de Niterói e Região, muitas vezes decidindo por unanimidade. Falta de respeito A negociação desta terça-feira, em São Paulo, acontece somente às 18h, horário que certamente reflete a falta de disposição dos banqueiros em negociar. Num total desrespeito aos bancários, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) não apresentou nenhuma proposta nas rodadas de negociação que aconteceram segunda-feira, dia 20, e sexta-feira, dia 17. É muito provável que os tenham a intenção de levar a discussão para os tribunais, pois o TRT de São Paulo determinou que, caso não haja acordo até quinta-feira, dia 23, será instaurado dissídio coletivo válido para os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Vitória a favor do direito de greve Pela Ação Civil Pública conseguida pela Federação dos Bancários RJ-ES na 6ª Vara do Trabalho do TRT-RJ, ficam impedidos de praticar atos anti-sindicais o Banco do Brasil, Bradesco, CEF, HSBC, Itaú, Real e Unibanco. O Sindicato dos Bancos do Estado do Rio de Janeiro também é réu na ação. O documento determina que os bancos não impeçam o direto de greve, não coajam ou ameacem bancários, não rompam contratos de emprego e não descontem dias parados dos funcionários em represália à participação no movimento paredista. Os bancos também não podem impedir a realização de piquetes, passeatas, assembléias, reuniões e manifestações pacíficas Banco do Brasil e Caixa Econômica Os bancos federais, Banco do Brasil e Caixa Econômica, estão comprometidos em cumprir os parâmetros da Fenaban. Ou seja, essas empresas aguardam os resultados dessa negociação com os bancos privados para finalizar suas propostas para questões específicas.