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Direito de greve garantido pela Justiça

Publicado em Notícias Quinta, 16 Outubro 2008 21:00
Banco do Brasil, Bradesco, CEF, HSBC, Itaú, Real e Unibanco não podem coagir, ameaçar, demitir nem descontar dias parados, segundo liminar obtida pela Federação dos Bancários RJ-ES. Assembléia nesta sexta-feira avalia negociação.
A Federação dos Bancários dos Estados do Rio e Espírito Santo ajuizou uma Ação Civil Pública na 6ª Vara do Trabalho do TRT-RJ, e o juiz Hélio Ricardo Monjardim concedeu tutela antecipada dando à Federação e aos 13 sindicatos filiados o direito de realizar atividades relativas à Campanha Salarial. Pelo documento, ficam impedidos de praticar atos anti-sindicais o Banco do Brasil, Bradesco, CEF, HSBC, Itaú, Real e Unibanco. O Sindicato dos Bancos do Estado do Rio de Janeiro também é réu na ação. O documento determina que os bancos não impeçam o direto de greve, não coajam ou ameacem bancários, não rompam contratos de emprego e não descontem dias parados dos funcionários em represália à participação no movimento paredista. Os bancos também não podem impedir a realização de piquetes, passeatas, assembléias, reuniões e manifestações pacíficas, permitindo aos sindicalistas o acesso às dependências das agências bancárias e a distribuição de panfletos, jornais, informativos e colagem de avisos e cartazes de divulgação de assembléias nos murais das unidades. Caso os réus desobedeçam a decisão, terão de pagar R$ 500 por cada empregado registrado na base territorial da parte autora. Assembléia avalia negociação Bancários de Niterói e Região se reúnem às 18h na Rua Marechal Deodoro, 74, Centro de Niterói, para avaliar possível proposta da negociação a ser apresentada nesta sexta-feira, em São Paulo, na reunião entre o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban). A expectativa é de melhoria devido à força cada vez maior da greve e aos excelentes resultados que os bancos vêm obtendo graças ao trabalho dos bancários durante todo o ano. Quinta-feira, a assembléia com 300 bancários decidiu manter a greve, que já dura nove dias, ao rejeitar a proposta dos banqueiros, considerada ainda baixa pelos dirigentes sindicais. Os bancos ofereceram reajuste de 9% para os salários até R$ 1.500 e 7,5% para quem ganha acima desse valor. Para o vale-refeição, o vale-alimentação e o auxílio-creche/babá o reajuste proposto foi de 7,5%, bem abaixo do que é reivindicado pela categoria: auxílio-creche e vale-alimentação de R$ 415, além de vale-refeição de R$ 17,50 por dia. Em relação à Participação nos Lucros e Resultados (PLR), os banqueiros propuseram manter a mesma formulação de regra básica (80% do salário mais valor fixo de R$ 957,02 já corrigido pelos 9%). O valor adicional à PLR, de acordo com variação do crescimento do lucro, poderá chegar, corrigido pelos 9%, a R$ 1.962. O problema é que só pagam valor adicional este ano os bancos cujos lucros cresceram pelo menos 15%, o que excluiria a maior parte dos bancários. Banco do Brasil e Caixa Federal também têm rodada de negociação sobre as questões específicas marcada para esta sexta-feira, a partir das 16h.